A Polícia Civil deflagrou na manhã desta terça-feira (20) a ‘Operação Téssera’ para cumprir 13 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em ações criminosas ligadas ao tráfico de entorpecentes em Paraíso do Tocantins.
Com a operação, a Polícia Civil busca desarticular um esquema de recebimento, subdivisão e entrega direta de drogas no município, marcada pela inter-relação entre traficantes, numa espécie de ajuda mútua para quem precisava comercializar entorpecentes na cidade.
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Um dos alvos da operação, segundo a polícia, chegou a montar um esquema de entrega direta de drogas aos usuários, através de expediente comumente chamado de ‘disk-drogas’.
A Polícia Civil concluiu que o grupo realizava quatro atividades distintas na comercialização de entorpecentes na cidade, o que deu o nome da operação batizada de ‘Tessera’, que seria a grafia do numeral 04 em grego.
Histórico
No dia 15 março de 2019, um dos investigados preso nesta terça-feira (20), de iniciais P.H.L.B, já havia sido preso em flagrante por suspeita de tráfico de drogas. Com o aprofundamento das investigações, foi constatado que o investigado figurava como importante personagem na venda de entorpecentes em Paraíso.
De acordo com o delegado Eduardo Menezes, responsável pelas investigações, durante o período de coleta de provas, os investigadores detectaram quatro espécies de relação criminosa mantida por P.H.L.B, envolvendo o comércio de drogas.
A primeira delas era realizada de forma direta com usuários da região, que o acionavam via telefone para requisitar a droga. Essa modalidade de narcotraficancia ganha cada vez mais espaço no meio criminoso e tem sido comumente chamada de ‘Disk Drogas’.
Uma segunda modalidade de relacionamento detectada com a investigação era a mantida pelo criminoso com outros traficantes sem, no entanto, estar presente uma relação de hierarquia.
Tais suspeitos interagiam com P.H.L.B, estabelecendo uma relação de ajuda mútua, compartilhando, por exemplo, informações acerca de fornecedores detentores de um melhor preço, empréstimo de droga (uns aos outros) quando da falta da substância de forma inesperada antes de reposição programada, empréstimo de balança de precisão, dinheiro, entre outras formas de auxílio.
A terceira categoria de inter-relacionamento exercido por P.H.L.B, e desvendado no inquérito policial, é o de abastecimento por ele realizado de outros traficantes de menor envergadura que atuam na região.
Quatro desses criminosos que eram providos por P.H.L.B, também foram presos nesta terça-feira (20).
“A Operação teve também o objetivo de prender outras cinco pessoas que eram responsáveis pelo fornecimento da droga a P.H.L.B (quarto e último laço criminosos detectado e desmantelado com a ação de hoje). Desses cincos responsáveis por fornecer a droga à P.H.L.B, dois são considerados os principais traficantes da região do Vale do Araguaia”, ressaltou.
Os cinco suspeitos foram encaminhados à Casa de Prisão Provisória de Paraíso e para a unidade prisional feminina de Palmas.
Participaram da operação cerca de 50 policiais civis, dentre eles integrantes do Grupo de Operações Táticas Especiais – GOTE e da unidade do Centro Integrado de Operações Aéreas - CIOPAER.
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