(Araguaína-TO) - O corregedor-geral da Polícia Civil, José Evandro de Amorim, que acompanha o caso que envolveu a titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic), Maria Dinesitania Cunha, informou que foi aberta uma sindicância para apurar se houve abuso de autoridade por parte da delegada ao prender a repórter Leidy Vieira e o cinegrafista Maycon Lopes, ambos da TVE  e também pela recusa de entregar os equipamentos de reportagem. O laudo do processo administrativo deve ser concluído em até 30 dias. Até este período, a delegada continuará respondendo pelo cargo.
Nessa quarta-feira, 15, segundo policiais civis de Colinas, o tumulto ocorreu em virtude de a imprensa acompanhar a remoção de um veículo de Araguaína para Colinas.
Após reunião entre o delegado chefe da Polícia Civil, Bonfim Santana Pinto e o corregedor geral, José Evandro de Amorim, com a Maria Dinesitania, os agentes da delegacia regional de Colinas do Tocantins conseguiram cumprir o mandado judicial e levar a caminhonete. A partir de agora o veículo ficará sob a custódia da delegada de Colinas, Olodes Maria Oliveira Freitas.
De acordo com informações extraoficiais, a delegada tem transtorno bipolar. Conforme uma fonte que preferiu não ser identificada, ela "não deveria exercer as funções e tampouco ter porte arma, uma vez que um médico já teria até sugerido que a delegada se afastasse do cargo."  Quanto a esta declaração, Amorim disse "que se ela tem problemas de saúde, será submetida à junta médica do Estado para avaliação."

Sindjor
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Tocantins (Sindjor) repudiu o comportamento da delegada, que segundo o órgão, mostra "despreparo" para o cargo, visto que, deliberadamente, fere os princípios básicos da democracia e da liberdade de imprensa, direito sagrado na Constituição Brasileira.