(PALMAS-TO) - O PMDB regional se reuniu no sábado, 16, e as manifestações ouvidas foram de total insatisfação com o governo Siqueira Campos (PSDB). Isso porque o partido se expôs, comprou briga homérica com seus líderes históricos e grande parte da militância para agora terminar a reforma administrativa apenas “chupando o dedo”.
O partido estava de olho em três secretarias: Trabalho e Ação Social, Desenvolvimento Econômico e a nova Cidades e Desenvolvimento Urbano (esta englobaria a área de Habitação, que deixaria de ser secretaria).
E tudo caminha para a legenda ficar sem nenhuma. Raimundo Frota continuará na Cidades e Desenvolvimento Urbano; Paulo Massuia deve conduzir a super secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Inovação Tecnológica; e não há sinais de que Agimiro Costa deixará a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social.
Uma possibilidade é de o PMDB ter o suplente de deputado estadual Ricardo Ayres na Assembleia, em função do acordo com ele feito pelo secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos. Essa expectativa é baseada na informação de que Nilmar Ruiz (PEN) deixará Secretaria Extraordinária de Projetos Educacionais e Estratégicos para assumir a vaga do deputado Eduardo Gomes (PSDB) na Câmara Federal. Essa mudança poderia levar o governo a puxar um deputado estadual para a pasta de Nilmar, dando vaga a Ricardo na Assembleia.
Fora essa mudança, o PMDB não deve indicar nem um office boy no Palácio Araguaia, ficará totalmente “a ver navios”. E, conforme avaliam um peemedebista ouvido pelo blog, o veto ao partido seria de iniciativa do próprio governador Siqueira Campos, a despeito da insistência do filho Eduardo. “A sensação que fica para nós é que compramos uma briga enorme, um desgaste gigantesco, para nada”, desabafou um dos peemedebistas que participaram da reunião.
O PMDB está rachado desde as articulações que culminaram com o apoio da sigla a candidatos palacianos nas eleições municipais do ano passado - mais especificamente em Palmas (onde o PMDB foi vice de Marcelo Lelis, do PV) e Araguaína (onde foi vice de Ronaldo Dimas, PR).
Os principais líderes do PMDB reagiram contra a condução do presidente regional, deputado federal Júnior Coimbra, e seus aliados. Grande parte dos membros da Executiva regional renunciou para garantir a dissolução do diretório, mas, depois de uma briga jurídica (que continua em andamento), Coimbra foi mantido no comando da legenda.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14632
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