(PALMAS-TO) - O Tocantins foi o Estado que apresentou o maior crescimento do País em volume do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010 em relação a 2009 e no acumulado de 2002 a 2010. Em relação a 2009, a alta foi de 14,2% e no período de 2002 a 2010, de 74,2%. Os dados fazem parte da pesquisa Contas Regionais do Brasil 2010, divulgada nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média nacional de crescimento ficou em 7,5% em relação a 2009 e 37,1% no acumulado.
Conforme o estudo, consideradas as regiões mais pobres do País, o Norte e o Nordeste aumentaram a contribuição no PIB, que é a soma de todos os bens e serviços do País, entre 2002 e 2010. No Norte, a participação subiu de 4,7% para 5,3% (aumento de 0,6 ponto percentual) e, no Nordeste, de 13% para 13,5% (alta de 0,5 ponto percentual).
Segundo o estudo, no Centro-Oeste, também houve aumento da contribuição, de 8,8%, em 2002, para 9,3%, em 2010 (elevação de 0,5 ponto percentual).
No mesmo período, diminuíram a participação no Produto Interno Bruto o Sul (de 16,9% para 16,5%, queda de 0,4 ponto percentual) e o Sudeste (56,7% para 55,4%, redução de 1,3 ponto percentual).
Segundo a pesquisa, oito estados continuam concentrando 77,8% das riqueza do país e São Paulo continua responsável pela maior contribuição, com 33,1% do PIB. Entre os estados, Roraima deu a menor contribuição para o cálculo, 0,2%.
De acordo com o IBGE, no Norte do país, o aumento refletiu a valorização dos preços internacionais do minério de ferro exportado pelo Pará, que puxou o crescimento da economia da região, além do aquecimento da indústria no Amazonas e da agropecuária em Rondônia.
Na Região Nordeste, o Maranhão, com o menor PIB per capita do país (R$ 6.888,60), consolidou-se como maior produtor de soja do Brasil, influenciando o resultado da região. Também teve impacto no aumento da participação do Nordeste no PIB o avanço do setor de serviços no Ceará, principalmente o comércio.
A contribuição do Centro-Oeste no PIB está relacionada ao agronegócio e aos altos salários em Brasília. O Distrito Federal contribuiu com renda mais alta por pessoa no país, R$ 58.489,46.
Ao divulgar os dados, o IBGE informou que os indicadores do PIB regional serão atualizados em breve com base na revisão do Sistema de Contas Nacionais, que está em curso. (Com informações da Agência Brasil)
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14562
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