A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã dessa quinta-feira, 16, a operação Fontana de Trevi. O objetivo é investigar uma instituição que intermediava a adoção de crianças de origem estrangeira e reprimir possível tráfico internacional de crianças.
Essa operação faz parte de um conjunto de ações realizadas pela PF, através da sua coordenação geral de defesa institucional, para prevenir e combater o tráfico de pessoas e o contrabando de migrantes. A ação denominada Operação Spartacus III ocorre em todo território nacional e em países da América Latina, durante todo o mês de junho, e tem por objetivo promover a identificação de casos de tráfico de pessoas e contrabando de imigrantes através do desenvolvimento de ações coordenadas entre as áreas de Imigração, Defesa Institucional e Interpol.
Em Palmas, policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão e seis de condução coercitiva. Os mandados também estão sendo cumpridos na cidade de Ourinhos (SP). Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal da Capital.
As investigações se iniciaram após os policiais apurarem a atividade da associação criminosa através da internet, via site, bem como pelas redes sociais. A entidade se posicionava como instituição sem fins lucrativos que atuava na intermediação da adoção de crianças de origem estrangeira, oriundas de países que ainda não ratificaram a convenção de Haia, de 1993, como determina a legislação nacional, sendo tais países Rússia, Quirguistão e Líbano.
A entidade arregimentava famílias que detinham o “sonho” de se ver contempladas com uma adoção, oferecendo facilidades, num site que cobrava valores para acesso, justificando que tais valores se destinariam aos custos da operacionalização da adoção.
Nome
O nome da operação faz alusão à lenda que envolve a fonte dos desejos em Roma, na Itália, em que se sugere que os desejos daqueles que nela jogassem uma moeda se realizariam. Na investigação em curso, a instituição se dispunha a realizar o sonho da adoção daquelas famílias que a ela entregasse valores, como uma “fonte dos desejos”. (Com informações da Ascom da Polícia Federal)