(BRASÍLIA-DF) - O Tocantins está entre os Estados menos competitivos do Brasil, conforme levantamento feito pela Economist Intelligence Unit e divulgada nessa quinta-feira, 29. Mas os Estados mais críticos são Maranhão, Piauí e Amapá. Os competitivos, pela ordem, são São Paulo e Rio de Janeiro.
A pesquisa, patrocinada pelo Centro de Liderança Pública (CPL), avalia 26 indicadores separados em oito categorias: ambiente político, ambiente econômico, regime tributário e regulatório, políticas para investimentos estrangeiros, recursos humanos, infraestrutura, inovação e sustentabilidade. Em cada um dos critérios, os estados recebem pontuação de zera a 100, até formar a média total.
Na média geral, o Tocantins ficou com 28,8 pontos contra 77,1 para São Paulo e 71,8 para o Rio de Janeiro. A pontuação média nacional é de 41,5.
Oito Estados subiram no ranking de 2012, na comparação com 2011: Acre, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, e Santa Catarina. Além do Distrito Federal, oito Estados caíram: Alagoas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Roraima, Sergipe, e Tocantins.
O Tocantins ainda conseguiu se destacar em dois itens: regime regulatório e impostos, com 25 pontos (9º lugar, à frente do campeão São Paulo, amargou a 17ª posição, com 12,5 pontos); e também em sustentabilidade, com 75 pontos (10º lugar).
O pior resultado do Estado foi no item política para investimentos estrangeiros, no qual amargou a 23ª posição, com 29,2 pontos. Outro fator negativo são os recursos humanos, com 8,3 pontos (25ª posição), o ambiente político, com 41,7 pontos (18ª posição), infraestrutura (zero ponto) e inovação, com 20 pontos (18 lugar).

Sistemas fiscais
O pesquisador do grupo Economist, Robert Wood, afirmou ao jornal O Globo que os Estados precisam simplificar os sistemas fiscais e reduzir a burocracia para melhorar as condições gerais do ambiente de negócios. “O sistema tributário brasileiro é muito complexo e surpreende os estrangeiros que querem se instalar aqui. Além disso, a infraestrutura continua representando um gargalo”, explicou Wood.
O pesquisador ainda disse que as principais forças brasileiras estão na capacidade de atrair investimentos de fora do País e o ambiente político estável. Nesses quesitos, as regiões Sul e Sudeste e Sudeste se destacam. O Tocantins, pela pesquisa, foi reprovado nos dois itens.  

As últimas colocações ficaram da seguinte forma

22. Tocantins
23. Acre
24. Roraima
25. Maranhão
26. Piauí
27. Amapá