(PALMAS-TO) - Após denúncia anônima, a Polícia Civil do Tocantins (PC) impediu nesse domingo, 1º, uma tentativa fraude na primeira etapa do concurso da corporação para os cargos de agente de polícia, escrivão de polícia, papiloscopista e agente de necrotomia. A ação criminosa seria realizada por um agente da própria corporação lotado em Tocantinópolis, que concorria a uma vaga para escrivão, prestou exame na Faculdade Católica do Tocantins (Facto). O agente estava sendo monitorado por policiais civis e federais, além dos aplicadores de provas.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), logo que terminou a prova, o próprio acusado confessou, em depoimento prestado na Corregedoria da Polícia Civil, que inicialmente tinha a intenção de vender as respostas por valores entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para dez candidatos de Tocantinópolis.
O próprio o agente confessou que tentaria sair rápido da sala a fim de repassar as respostas por telefone. Apesar da confisssão, ele vai responder em liberdade e vai continuar exercendo suas funções na corporação.
O secretário Eliú Jurubeba afirmou nessa segunda-feira, 2, que será instaurado o competente inquérito policial, bem como foram tomadas todas as providências cabíveis para o esclarecimento dos fatos. O prazo da investigação é de 30 dias.
As provas foram aplicadas nas cidades de Araguaína, Gurupi, Dianópolis, Tocantinópolis e Palmas.
Primeira denúncia
Após denúncias contra o concurso para delegado de Polícia Civil realizado no domingo, 25, de que alguns candidatos foram vistos com o gabarito na mão antes da avaliação, a falta de provas em algumas salas e o uso de celular, a Fundação Aroeira, responsável pelo certame, enviou nota destacando que as provas "transcorreram em absoluta tranquilidade nos oitos prédios nos quais foram aplicadas".
Ainda que diante das duas supostas tentativa de fraudes, o governo do Estado e a Fundação Aroeira descartam o cancelamento do concurso.
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