(PALMAS-TO) - O secretário estadual de Administração, Lúcio Mascarenhas, não compareceu na reunião marcada para essa quarta-feira, 20, na Defensoria Pública do Estado. O objetivo do encontro era debater uma saída para a suspensão das atividades dos médicos credenciados ao Plansaúde. Além do secretário, representantes da Confederação Unimed Centro-Oeste Tocantins, também não participaram.
Uma nova reunião ficou agendada para esta sexta-feira, 22, a partir das 8h30, no mesmo local. “É esperado que o secretário compareça nesta segunda rodada de negociação”, disse o diretor financeiro do Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do Tocantins (Sisepe), Samuel Chiesa.
Mascarenhas enviou um ofício, com data dessa sexta-feira, 15, no qual comunicava que não poderia comparecer ao encontro por ter que cumprir agenda em Brasília. “Este desgaste poderia ter sido evitado. Mas o descaso mostra claramente qual a importância dada ao beneficio diretamente ligado do servidor público tocantinense”, criticou Chiesa.
Segundo o diretor, no ofício constavam as seguintes propostas: regularizar o pagamento em 120 dias; elaboração de termo de referência para a próxima licitação em conjunto com representantes dos prestadores de serviços, pessoa física e jurídica, com data para entrega conforme definido junto a Defensoria Pública; renovação do contrato com a atual operadora pelo prazo de nove a 12 meses, tempo suficiente para a realização de nova licitação e eventual período de transição; e que os repasses sejam realizados diretos a pessoas jurídicas.
Na quarta-feira, 13, por orientação do Sindicato dos Médicos no Estado do Tocantins (Simed), os médicos credenciados ao Plansaúde interromperam os atendimentos com medo de “calote”.
“A orientação é que os atendimentos aconteçam de forma imediata. As faturas entregues em dezembro e que deveriam ter sido pagas em janeiro, até a data de hoje [quarta-feira, 13] estão atrasadas. Além desta, já existem três prestações de serviço sem ser quitadas”, criticou a presidente do Simed, Janice Painkow, afirmando que os médicos estão com medo de levar “calote”.
Para Janice, o governo não tem um plano de gestão para o futuro do Plansaúde. “O contrato entre a Confederação Unimed Centro-Oeste Tocantins, termina agora no dia 15 de abril e até o momento nada foi discutido a respeito”, lembrou a presidente

Sisepe
De acordo com Chiesa, os médicos estão irredutíveis. “O posicionamento dos médicos é devido os sucessíveis atrasos que vêm acontecendo no plano”, ressaltou o diretor.
Nessa quarta-feira, 20, por meio de nota, a Secretaria estadual de Saúde (Secad) negou o atraso em repasse e que pode cobrar do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed) a informação de possível “calote”.
“Foi colocado na reunião que os prestadores de serviços de pessoa jurídica e os médicos estão ser receber desde novembro”, afirmou o diretor, lembrando que os únicos prejudicados são os usuários que pagam religiosamente.
Chiesa contou que no encontro o Sisepe apresentou propostas para evitar no futuro situações como a atual. “Nós queremos que seja alterada a lei do Plansaúde e que seja criada uma comissão. Neste conselho, representantes do Sisepe, Simed e o sindicato do prestador de serviço, participem das reuniões. Só assim buscaremos que não haja novos atrasos e no caso isso aconteça, sabemos a quem cobrar”, comentou o diretor financeiro.
Segundo ele, o ponto comum da reunião é que a Confederação Unimed Centro-Oeste Tocantins não tem capacidade para continuar administrando o Plansaúde.

Participação
Estiveram presente na reunião, o a presidente do Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed), Janice Painkow, o defensor público Arthur Luis Pádua Marques, e representantes de clínicas e hospitais.