PRIMEIRO NÚCLEO - O primeiro era comandado por João Soares Rocha, que foi preso na manhã de ontem, no interior de uma fazenda em Tucumã (PA), que tinha a função de gerenciar as operações de transporte e de distribuição de cocaína. Este grupo era responsável pela comunicação com produtores e varejistas do tráfico, organização do transporte aéreo, recrutamento de pilotos e mecânicos para tarefas operacionais, definição das estratégias de fuga, seleção das pistas de pouso e pontos de apoio, além de outras funções gerenciais.
SEGUNDO NÚCLEO - Era composto de pilotos e ajudantes, que prestam serviços regulares ao núcleo empresarial. Eles eram responsáveis pelo recrutamento de pilotos e mecânicos, pela condução das aeronaves adulteradas com drogas e dinheiro, além da elaboração de planos de voos irregulares, mapeando rotas para escapar do controle aeronáutico.
TERCEIRO NÚCLEO - Mecânicos que adulteravam a estrutura dos aviões para prolongar a autonomia do voo integravam o terceiro núcleo. Eles também faziam manutenção das aeronaves e adulteravam os prefixos, a pintura original das aeronaves, antes e após os voos; reaproveitando documentação de aeronaves inutilizadas, no intuito de "esquentar" outras aeronaves em condição irregular; omitindo e falsificando planos de voo e minuciosas limpezas internas, para destruição de possíveis vestígios de drogas.
QUARTO NÚCLEO - Os produtores ou compradores de cocaína, que contratam os serviços do núcleo logístico para o transporte e a distribuição da droga, são apontados pela PF como quarto núcleo. O custo do frete cobrado pela organização investigada girava em torno de 150 mil dólares, de modo que a operação de transporte ilegal teria gerado no mínimo, cerca de R$ 13 milhões.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 16325
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