Com o objetivo principal de diminuir o índice de trotes na unidade, profissionais do Serviço Móvel de Urgência (SAMU/192) de Araguaína realizam o Projeto Samuzinho nas Escolas. As primeiras crianças a receberem a equipe foram da Escola Casemiro Ferreira Soares, na manhã de hoje, 13. Todas prestaram muita atenção na palestra e fizeram questionamentos sobre o SAMU aos organizadores.
Felipe Leal Carvalho, de nove anos, questionou quando devemos ligar para o SAMU e quando devemos ligar para o Corpo de Bombeiros. Uma das coordenadoras do projeto, Áurea Aldenes, explicou que pode ligar em um dos dois números (192 e 193), já que todos são treinados para trabalhar em casos de urgência e emergência. Tanto os bombeiros quanto as equipes do SAMU estão sempre prontas para atender um chamado. "Casos com acidentes graves geralmente as equipes vão juntas realizar o atendimento", explicou.
Já Joaquim Valadares Pereira, de 10 anos, aprendeu que não podemos passar trotes. "Agora sei que só posso ligar se realmente estiver alguém precisando ser atendido", disse.
A professora auxiliar de alunos especiais, Andrelina Dias, que levou o aluno Jorge Humberto, disse que palestras como estas são muito importantes. "São momentos de interação entre os alunos e de aprendizado sobre como o funciona o serviço, eles também levam a informação para casa", ressaltou.
Números de trotes no SAMU
Os profissionais do SAMU diariamente encontram dificuldades de operação, por receber um grande número de trotes telefônicos. Com as palestras, o órgão pretende atingir mais pessoas e conscientizar o maior número de crianças possível com a ajuda de coordenadores, professores e diretores.
Em 2015, o SAMU de Araguaína realizou 9.955 atendimentos, desses 2.484 foram trotes, ou seja, 27, 5%. No ano passado, a unidade recebeu 8.667 chamadas e registou 1.628 ligações de trotes, o que representa 18,78% do total.
Mesmo tendo diminuído o número de trotes em 2016, a unidade continuará alertando sempre quanto a conscientização de trotes, que além de atrasar os atendimentos de pessoas que realmente precisam, traz custos com o deslocamento de equipes
São realizados em média por mês 135 atendimentos, nos quais as viaturas prestaram socorro em diversos tipos de ocorrências.
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