A Polícia Federal desencadeou, na manhã de ontem (31), a Operação Cracker em quatro cidades: três cidades do Tocantins, Augustinópolis, Praia Norte e Araguaína; e uma no Maranhão, Imperatriz. A ação é resultado de uma denúncia anônima e de seis meses de investigação visando desarticular uma quadrilha especializada em aplicar golpes via internet.
Dos vinte e um mandados judiciais cumpridos, três foram de prisão preventiva, sendo duas em Augustinópolis e um em Praia Norte. Das seis conduções coercitivas, quatro foram executadas em Araguaína, uma em Praia Norte e outra em Imperatriz, no Maranhão. Foram cumpridos, ainda, doze mandados de busca e apreensão. A PF não divulgou os nomes dos acusados.
Além de aplicar golpes virtuais em clientes de lojas de departamento, também desviava a entrega do produto comprado para ser entregue aos integrantes da quadrilha. Os fatos configuram, em tese, os crimes de furto mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas ultrapassam 8 anos.
O delegado da Polícia Federal Orlando Neves explicou como funcionava o golpe: "Os criminosos faziam páginas falsas com ofertas de eletroeletrônicos e quando a vítima clicava nesses anúncios, geralmente de grandes lojas de departamento, eles eram redirecionados a uma página falsa. Lá a pessoa digitava todos os seus dados, efetuava o pagamento, mas eles conseguiam burlar o endereço, direcionando a compra para si", disse o delegado.
Segundo a PF, a outra fase da investigação será no sentido de apurar se houve fraudes bancárias com os dados inseridos pelas vítimas durante o pagamento dos pedidos.
Araguatins
Embora não tivesse nenhum morador de Araguatins envolvido na operação, como ficou explícito nas informações passadas pela PF até agora, a presença dos agentes causou rebuliço na cidade, onde foram vistos em um hotel.
Operação Cracker
O nome da operação Cracker é um termo usado para designar o indivíduo que pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança de forma ilegal ou sem ética.
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