PALMAS - O deputado Eduardo Siqueira Campos (PTB) afirmou em pronunciamento nessa quinta-feira, 03, que decorridos 30 dias da aprovação de seu requerimento de informações sobre o número de policiais militares cedidos a outros órgãos e em desvio de função, ainda não obteve resposta do Comando Geral da Polícia Militar. “Não adianta apresentar requerimento de informação, pois não vai vir resposta”, protestou o deputado.
Eduardo Siqueira afirmou que atualmente mais de 300 policiais militares estão cedidos a diversos órgãos e pediu que o Comando Geral convoque esses militares para retornarem ao trabalho. “Mais de 300 policiais militares estão cedidos a outros órgãos enquanto a TV Anhanguera mostra delegacia fechada e cidade sem nenhum PM”, destacou.
“Qual o verdadeiro papel da corporação? Convoque-os, Comandante Geral, e traga de volta todos os policiais”, frisou. Eduardo Siqueira disse que não importa se os policiais estão na Assembleia Legislativa, Ministério Público ou Tribunal de Contas. O parlamentar sugeriu que cada órgão deveria contratar seguranças com seu próprio orçamento. “Somente no Detran existem mais de 30 policiais realizando serviços administrativos. Logo no Detran, órgão arrecadador, que possui muitos recursos”, disse.
Calamidade
Ao relembrar a aprovação de requerimentos pela Assembleia Legislativa, que pedem a decretação de Estado de Calamidade Pública em virtude da estiagem que tem prejudicado as lavouras, Eduardo Siqueira relatou que a “Calamidade” pela qual passa o Estado é outra. “Hoje não sabemos o número de escolas que não estão tendo aula porque a luz está cortada, pois o Governo não pagou a conta”, frisou.
Eduardo Siqueira destacou ainda a interrupção do transporte escolar também por não pagamento e falta de materiais de trabalho aos servidores da Saúde. “Essa semana o Secretário da Administração foi agredido, ato que condeno, mas por pouco o Secretário de Saúde escapou de apanhar também ao visitar o HGP”, e complementou. “Agressão a secretário não tem apoio, como também não tem apoio a falta de diálogo com as categorias”, reforçou.
Não despacha
Eduardo Siqueira afirmou também que o governador não recebe e não despacha com seus secretários, o que faz com que o Estado fique com suas ações paralisadas e provoque situações como o corte de energia nas escolas. “O governador não lê o que se publica no Diário Oficial. Governador mande ligar a luz nas escolas, não deixe o Estado ser notícia por falta de luz, de transporte escolar, por falta de luvas na Saúde. Senão secretários vão apanhar em cada visita que fizerem. Governar é eleger prioridade, é exercer autoridade”, discursou.
“Enquanto o governador viaja para encontros em outros estados que não resolvem o problema da população, os pacientes sofrem com a falta de hemodiálise e quimioterapia nos hospitais”, comparou.
Respeito ao prefeito
Eduardo Siqueira afirmou que tem bom relacionamento e enorme respeito ao prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), mas que se sente à vontade para discordar em algumas prioridades. “Em termos de gestão, o Prefeito de Palmas dá um banho no Governador do Estado, pois ele não se omite e não foge do debate com a população”, comparou ao dizer também que não pretende ser candidato a prefeito da capital.
No entanto, Eduardo Siqueira disse discordar da prioridade da gestão municipal ao fazer o BRT (Bus Rapid Transit) ao custo de R$ 1 bilhão e não construir o hospital de urgência e emergência da Capital. “Palmas vai continuar sendo noticia pela morte de pessoas por falta de um hospital de urgência e emergência?”, indagou.
O deputado Eduardo Siqueira destacou que Palmas possui obras como o Aeroporto, a Ponte FHC de 8km sobre o Lago, o Ginásio Ayrton Senna, o Espaço Cultural, pois tinha alguém no Governo capaz realizá-las.
O deputado pediu ao Prefeito de Palmas que ouça a população sobre suas prioridades e também mostrou descrença no repasse de R$ 1 bilhão repassar a Palmas os recursos para o BRT. “Será que a presidente Dilma, que está cortando até diárias, vai destinar R$ 1 bilhão a Palmas para o BRT”?
Igeprev
Por fim, o parlamentar disse que apresentou ao Judiciário sua defesa nas ações que responde no caso Igeprev. O Deputado reafirmou que à época não foi ouvido, não assinou e não foi consultado em relação às aplicações que são questionadas judicialmente. “Tenho um vida de 57 anos nesse Estado, tenho filho que nasceu aqui e tem filho enterrado aqui. Passei pelo Senado e pela Câmara dos Deputados de cabeça erguida e nunca fui condenado em nenhuma ação”, afirmou.
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