A Prefeitura de Araguaína adotou desde sábado, 9, novo protocolo de tratamento contra covid-19 baseado em pesquisas realizadas na Europa. Uma das mudanças é a aplicação de medicamentos para evitar o agravamento da doença, estando entre eles a hidroxicloroquina. O treinamento de 29 servidores que trabalham nas unidades básicas de saúde (UBS) foi realizado nessa quinta-feira, 7, no Colégio Invictos, pelo Instituto Saúde e Cidadania (ISAC).
De acordo com o superintendente municipal da Atenção Básica, Murilo Bastos, foram capacitados médicos e enfermeiros das UBS de referência para atendimento de casos suspeitos da covid-19 e demais unidades. "Temos que evitar a transmissão comunitária, a ocupação dos leitos e a mortalidade. As unidades de referência, JK e Albeny Soares, estão atendendo cerca de 100 casos suspeitos por dia", alertou.
O novo protocolo foi estruturado pelo ISAC com base em resultados e experiência do controle da covid-19 na Espanha. O médico e gerente de assistência e qualidade do instituto, Vinicius Menezes, explicou que a medicação será iniciada para pacientes que estão em isolamento domiciliar. "Mesmo para leves e moderados, dependendo da prescrição médica de cada caso, pode ser receitado hidroxicloroquina e zinco. Para os casos com necessidade de internação, a prescrição de anticoagulante e corticoide".
No Brasil, já tem municípios realizando esse tipo de tratamento, que tem aprovação dos conselhos regionais de medicina e sociedade de especialidades. "Estados como Alagoas, Piauí e Maranhão autorizaram o uso das medicações, mas ainda não estruturam o mesmo atendimento em toda a rede como um protocolo. Araguaína é o primeiro município brasileiro a realizar o protocolo desde a Atenção Básica às unidades hospitalares", adiantou o especialista.
Cuidado já redobrado
O atendimento de pacientes não relacionados ao coronavírus continua nas UBS de Araguaína com cuidados redobrados. A médica da UBS do Bairro de Fátima, Ana Luiza Dellamagna, contou que pacientes da saúde mental e pré-natal estão sendo atendidos com hora marcada e patologias só em situações necessárias.
"Logo no acolhimento, a gente avalia o nível de urgência. Quando é preciso a consulta, mantemos certa distância, sempre de máscara e higienizando com álcool em gel. As cadeiras de tecido foram encapadas com papel filme para melhorar a higienização". Houve mudança também no acompanhamento. "Antes vinha toda família no teste do pezinho, agora só entra com pai ou mãe", concluiu Ana Luiza. (Ascom-PMA/Marcelo Martin)
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