Deputada protesta contra violência à mulher

BRASÍLIA - A deputada federal Josi Nunes (PMDB/TO) usou a palavra na sessão ordinária deliberativa dessa terça-feira, 08, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, para falar sobre os índices de violência contra a Mulher no Brasil. “Aproveito este momento, este mês, em que os olhares se voltam para as mulheres para falar sobre esse assunto que muito nos entristece, que é a violência contra a mulher. Com base em dados do Ministério da Saúde coletados em 2013, o Mapa da Violência de 2015 alerta que a violência doméstica e familiar é a principal forma de violência letal praticada contra as mulheres no Brasil”, salientou.
Ao citar o Balanço realizado pela Central de Atendimento à Mulher, que revela que nos 10 primeiros meses de 2015, 85,85% dos relatos de violência registrados corresponderam a situações de violência doméstica contra as mulheres, a peemedebista chamou a atenção para as estatísticas. “Assim como nos demais estudos, a grande maioria dos casos são cometidos por homens com quem as vítimas tinham ou já tiveram algum vínculo afetivo, o que corresponde a 67,36% dos casos registrados. São estatística, são números que muito nos preocupa. É dever deste parlamento, é dever do poder público criar políticas que possam mudar esta situação.  Nós aprovamos o feminicídio, que foi sim, uma grande vitória, mas ainda é preciso mais ações e mecanismos para combater a violência contra a mulher e reverter estes índices tão alarmantes”, completou.
Josi pontuou ainda sobre a desigualdade de gênero em todos os segmentos da sociedade. “Sobre o dia internacional da Mulher, é preciso ressaltar que mais do que bombons, flores e dizeres bonitos,  nós mulheres queremos acima de tudo ter os mesmos espaços nos diversos segmentos da sociedade, seja este econômico, político ou social”, afirmou.
Ao finalizar, a parlamentar defendeu uma participação maior das mulheres na política. “As diferenças não se restringem apenas no que tange ao mercado de trabalho, no meio Político a desigualdade de gênero é gritante. Um exemplo bem próximo de nós está aqui nesta casa de leis.  Atualmente, ocupamos 51 cadeiras entre as 513 deste parlamento. No Senado, temos 13 senadoras em meio aos 81 eleitos. Estes números são pequenos se considerarmos que mais de 50% da população brasileira é mulher. Tenho plena consciência de que estes números já foram menores, mas precisamos avançar mais”, finalizou.