A Procuradoria Geral do Município de Araguaína apresentou junto às polícias Federal e Civil, nos últimos dias 8 e 9 de junho, documentação que aponta possíveis ilegalidades em documentos entregues por duas empresas em licitações realizadas em escolas. As certidões de regularidade apresentavam erros de datas de emissão e validade e foram encaminhadas à Receita Federal, que confirmou a não-autenticidade da documentação.
"Fizemos dois boletins de ocorrências apresentando a documentação. As certidões foram declaradas como não-autênticas pela Receita e isso já sugere ilegalidade, mas caberá à polícia investigar", apontou o procurador geral do Município, Gustavo Fidalgo.
Em outro momento também foram apuradas documentações de 2016. As unidades possuem autonomia financeira e apresentaram as prestações de contas junto ao Departamento de Recursos e Convênios da Secretaria da Educação para aprovação.
Em um dos documentos entregues nos processos, a data da emissão da certidão negativa constava de 11 de fevereiro de 2019, e deveria ter sua emissão em 2016. Em outro, a validade contava de 180 dias, mas as datas fornecidas contabilizam 276 dias.
O Departamento de Recursos e Convênios identificou as falhas nos documentos e solicitou que os fornecedores fossem averiguados quanto à regularidade fiscal. "Com isso buscamos garantir a continuidade das prestações de serviços. Foi ainda realizada abertura de processo administrativo para apuração de responsabilidades. Os levantamentos estão sendo realizados em conjunto com a Procuradoria e outras secretarias", afirmou a superintendente do departamento, Carla Emanuelly Damasceno.
"O nosso objetivo é resguardar as unidades escolares de possíveis fraudes e não-fornecimento de produtos ou serviços e ainda evitar possíveis danos ao Município", completou a superintendente.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15905
Município apura indícios de ilegalidade em documentos entregues em licitações
Certidões negativas apresentadas às comissões licitatórias de escolas municipais não tiveram autenticidade validada junto à Receita Federal; boletins de ocorrências foram feitos nas polícias Federal e Civil
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