PALMAS - O Ministério Público Federal no Tocantins (MPF/TO) quer que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspenda a Licença de Operação da Valec S/A para construção da Ferrovia Norte-Sul no Tocantins. Os procuradores acusam a empresa de ter pendências no programa de salvamento arqueológico e histórico cultural nas áreas afetadas pela ferrovia, item previsto na emissão do licenciamento. A Procuradoria já ajuizou Ação Civil Pública contra a Valec.
Conforme o MPF, na prática, caso o pedido seja aceito pela Justiça Federal, todas as atividades da empresa no empreendimento ficarão paralisadas.
De acordo com apuração feita pela Procuradoria da República no Tocantins (PR-TO), a Fundação Universidade do Tocantins (Unitins) foi contratada pela estatal para executar o programa, mas alegou que o não pagamento de uma parcela, no valor aproximado de R$ 350 mil impediu a realização integral do trabalho no trecho que vai de Gurupi a Talismã.
Para o MPF/TO, a possível irregularidade colocaria em risco a proteção ao patrimônio histórico brasileiro, assegurado pela Constituição Federal. A ação pede que o efeito da suspensão perdure até que as pendências no programa sejam resolvidas pela Valec, e que os relatórios de salvamento arqueológico produzidos pela empresa sejam aprovados pelo Instituto Nacional de Patrimônio Histórico, Artístico e Nacional (IPHAN). (Com informações do MPF/TO)
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15465
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