PALMAS - O Ministério Público Estadual (MPE) ofereceu denúncia em desfavor de Samuel Victor Teixeira de Sousa Neto, Marlon Pereira de Sousa Barbosa, Ricardo José Gonçalves, Nataniel Silva de Oliveira e Werlison da Silva Martins pelo atentado a um ônibus coletivo na Capital, em maio deste ano.
De acordo com o promotor de Justiça André Ramos Varanda, por volta das 23 horas do dia 14 de maio, na avenida Teotônio Segurado, Samuel e Marlon ameaçaram com arma de fogo e renderam o motorista do ônibus, da empresa Expresso Miracema. Após todos os passageiros deixarem o coletivo, os dois utilizaram combustível e atearam fogo ao veículo, que ficou completamente destruído.
Investigações da operação Canário, iniciadas para apurar a presença de organizações criminosas em território tocantinense, confirmaram que as ordem para o atentado ao ônibus partiu de dentro da Casa de Prisão Provisória de Palmas, a mando de Ricardo José Gonçalves, Nataniel Silva de Oliveira e Werlison da Silva Martins, supostamente membros da organização criminosa denominada Comando Vermelho.
A autoria do crime foi comprovada após depoimentos e análise de um bilhete manuscrito deixado pelos dois denunciados autores diretos do incêndio. Todos os acusados já se encontram recolhidos na Casa de Prisão Provisória de Palmas.
Desta maneira, o Ministério Público Estadual denunciou os cinco acusados pelos crimes previstos nos artigos 29 e 250 do Código Penal (causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem), e artigos 2º e 3º da Lei 12.850/2013 (que define as organizações criminosas). As penas variam de três a 15 anos de reclusão.