Augustinópolis (TO) - Diante da divulgação de informações “equivocadas” em meio à população de Augustinópolis e região, o Ministério Público Estadual (MPE) esclareceu que não há pedido ou decisão judicial que determine paralisação do atendimento no Hospital Regional de Augustinópolis. Recentemente, uma decisão determinou que o diretor-geral da unidade, Ho-Che-Min Silva Vieira, apresentasse informações sobre regulação de cirurgias, escalas de plantão, falta de equipamentos, medicamentos e materiais. A imprensa, Vieira chegou a afirmar, que todas as cirurgias estavam suspensas até que as pendências fossem resolvidas. “Se é para suspender para um, suspende para todos. Nesse momento quem está sendo prejudicada é a população do Bico do Papagaio. Mas isso é para não ficar nada a ser esclarecido”, declarou.
O MPE investigou denúncias de que a direção do hospital estaria agendando cirurgias com base em critérios eleitoreiros. Diante dos relatos de pacientes e equipe médica, foi ajuizada Ação Civil Pública que pediu a responsabilização do diretor-geral da unidade pela prática de improbidade administrativa. Vieira negou as denúncias. “São denúncias de cunho político que não procedem com a verdade”, alegou.
Conforme o MPE, em nenhum momento a decisão proferida pelo Tribunal de Justiça determina a paralisação de atividades ou suspensão de cirurgias no Hospital Regional de Augustinópolis. O objetivo do órgão, ao acionar a Justiça, “é justamente o contrário, ou seja, garantir o direito de acesso ao sistema público de saúde de forma democrática, de acordo com os critérios do Sistema de Regulação de Procedimentos Eletivos do SUS”, afirmou o promotor de Justiça Paulo Sérgio Ferreira de Almeida, responsável pelo caso.