Integrantes das duas associações de mototaxistas de Augustinópolis (AMA - Associação dos Mototaxista de Augustinópolis e AMAT - Associação dos Mototaxista de Augustinópolis e Tocantins) cobram do prefeito de Augustinópolis, Júlio Oliveira (PRB), e das autoridades policiais uma atitude para o que eles consideram uma "invasão".

Segundo o presidente da AMAT, Raimundo Freitas, colegas de profissão, alguns regulares e outros não, saem de Praia Norte e outros municípios circunvizinhos para explorar o serviço de mototáxi em Augustinópolis. Sem alvará de licença, os mototaxistas de outros municípios não estão aptos a atuar dentro da cidade. Alguns deles chegam a praticar preços inferiores aos dos profissionais devidamente regularizados, com a intenção de atrair clientes. Contudo, utilizar o serviço clandestino de mototáxi pode representar riscos para a população.
"O que nós queremos do município e das demais autoridades competentes é uma solução", disse o presidente da AMAT, na reunião que aconteceu na noite do dia 06, às 19h, na escola Gabriel Alves, com as presenças do prefeito, do subtenente Sousa, especialista em gestão e normatização de trânsito, do tenente Vilanova, subcomandante do 2º Pelotão da PM em Augustinópolis e muitos dos 35 associados das duas entidades. Alguns deles, inclusive o presidente, chegaram a falar que sofreram ameaças na tentativa de solucionar o problema diretamente com os "colegas".

Buscar solução
O prefeito Júlio Oliveira diz estar aberto ao diálogo e afirma que ouviu atentamente tanto estas como outras reclamações referentes ao trânsito da cidade, inclusive as explanações do tenente Sousa. "Estou pronto para tomar as providências que forem necessárias para buscarmos resolver este problema e os demais de nosso trânsito de maneira ordeira e dentro da legalidade", enfatizou.
Em suas explanações, o subtenente Sousa deixou claro que há necessidade de integrar o Sistema Nacional de Trânsito para, assim, o município poder gerir seu trânsito de maneira integral. "E para isso é indispensável a municipalização, não só para resolvermos o problema dos mototaxistas, mas inúmeras outras demandas do trânsito local", explicou. Pedagogicamente, falou dos limites e das competências do estado e dos municípios em relação à fiscalização, enfatizando o esforço conjunto que deve haver entre a PM e o gestor municipal para a implantação do projeto de mobilidade urbana. "Isso murará radicalmente a cara do trânsito de Augustinópolis, que hoje é caótico, levando em consideração que tratamos de um município de pequeno porte".
Também foi explicado que o trânsito, sendo dinâmico, não se pode focar em ações paliativas, tratando apenas os sintomas, e sim focar em ações que possibilitam soluções não só em curto prazo, mas a médio e longo prazo principalmente. "A taxa de crescimento da nossa frota é de aproximadamente 8.5% ao ano. Isso significa que, se hoje já está ruim, amanhã a situação pode estar bem pior".

Solução
A solução apontada para o problema dos mototaxistas em particular será, portanto, a municipalização do trânsito, já que o Código Brasileiro de Trânsito (CTB) desconhece o município que não está integrado; o convênio deverá ser firmado com a Polícia Militar para que esta possa atuar também no que é de competência do município.