BRASÍLIA - Nomeado ministro da Agricultura do governo Michel Temer, o senador Blairo Maggi afirmou que vai trabalhar em conjunto com o Ministério do Meio Ambiente. “Temos metas em comum”, afirmou Maggi ao citar, por exemplo, questões polêmicas como do Código Florestal.
Um dos maiores produtores de soja do mundo, Maggi, que já deteve o título de “rei da soja” no Brasil, não possui tanto prestígio entre ambientalistas. Senador pelo PP do Mato Grosso, ele já foi governador por duas vezes (2003 a 2010). Chegou a ser “premiado” com o troféu “motosserra do ano” pela ONG Greenpeace. Ele já foi considerado uma das pessoas mais influentes do mundo pela revista Forbes.
Gaúcho de Torres, Maggi completa 60 anos no próximo dia 26. É engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal do Paraná. Ele foi nomeado nessa quinta-feira, 12, em lugar da senadora licenciada pelo Tocantins Kátia Abreu.
O novo ministro elogiou o trabalho de Kátia Abreu. “Kátia Abreu fez avanços no Ministério, e espero aproveitar todos. Não podemos achar que vamos construir uma casa a partir do telhado. Todas as casas têm base, meio e fim. Pretendo continuar os trabalhos feitos.”
O novo ministro afirmou que uma de suas metas é provar que o homem do campo está preocupado com a produção sustentável, que respeita o meio ambiente, o contrário do que prega ONGs ambientalistas. “Quando deixei o governo de Mato Grosso, o índice de desmatamento do Estado havia caído 90% em relação à gestão anterior”, afirmou.
Sua preocupação é com a queda na renda do produtor. “A minha maior preocupação é com a queda da renda do produtor rural. Não podemos deixar que o agronegócio, o setor mais dinâmico da economia, entre na espiral da crise brasileira, devido à quebra de safra”, afirmou.
Segundo dados da Conab, a produção brasileira de grãos na safra 2015/2016, de 202 milhões de toneladas, é 5 milhões de toneladas inferior à da safra 2014/2015. (Com informações do Globo Rural e Notícias Agrícolas)
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