BRASÍLIA - O Ministério da Saúde pode credenciar máquina de radiografia em Imperatriz, Maranhão, para atender pacientes da região norte do Tocantins, devido aos problemas no aparelho do Hospital Regional de Araguaína (HRA). A falta de atendimento na unidade tem prejudicado cerca de 125 pessoas com câncer.
O chefe da assessoria do Ministério da Saúde, Leopoldo Jorge, informou a existência da máquina no município maranhense, que poderia ajudar na continuação do tratamento dos pacientes em andamento, porém, existe a necessidade de credenciamento do órgão, já que o aparelho é o único em funcionamento em Imperatriz e atende 140 pacientes.
Em reunião com representantes do Ministério da Saúde, o deputado federal César Halum (PRB), tenta articular o plano emergencial. “Nós não estamos lidando com uma simples gripe, estamos lidando com a vida de muita gente, que estão de mãos atadas sem o que fazer”, disse o parlamentar, acrescentando criticas ao Estado. “Enquanto o governo do Tocantins não age em relação a isso, nós infelizmente teremos que buscar ajuda no estado vizinho, o que é melhor do que perder vidas. Vou acompanhar de perto a liberação dessa segunda máquina de Imperatriz e pedir urgência na resolução do problema do equipamento de Araguaína”, garantiu.

Ministério Público
Os problemas na máquina de radioterapia do HRA fizeram com que o Ministério Público Estadual (MPE) e a Defensoria Pública (MPF) entrassem com ação, no dia 20 de novembro, solicitando à Justiça que determine a realização de consultas com especialistas oncológicos. Os órgãos afirmaram na época que 75 pacientes ficaram sem as sessões do aparelho.

Sesau
Em nota, a Secretaria da Saúde (Sesau), destacou que além de Araguaína, Palmas também contém unidade de assistência de alta complexidade em oncologia (Unacons), e assim, os pacientes estariam sendo transferidos para a Capital para o tratamento. A pasta afirmou na ocasião que nenhum atraso foi registrado, levando em consideração prazo legal de 60 dias para o início de tratamento.
Para suprir a necessidade de tratamento dos pacientes que já estão em tratamento e outros que virão a necessitar, a Sesau afirmou que estaria buscando vagas no Sistema Único de Saúde (SUS) para envio dos pacientes via Tratamento Fora de Domicilio (TFD) e ainda está em negociação com os serviços privados de radioterapia em outros Estados para contratação imediata.
Por fim, a Sesau alegou na época que o Tocantins seria contemplado com um equipamento enviado pelo Ministério da Saúde que seria instalado no HGP após as obras de reforma e ampliação e que a gestão comprou um novo equipamento para ser instalado em Araguaína, que já se encontrava no porto de Espírito Santo aguardando liberação alfandegária.