BRASÍLIA - Segundo os dados do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, o setor da Agricultura teve saldo positivo na geração de emprego no mês de Maio. O emprego também apresentou crescimento nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre e Piauí.
Os dados mostram também que, mesmo com 8.265.546 de admissões no ano, o mercado formal brasileiro acumulou uma perda de 243.9 mil vagas em 2015, saldo das 8.509.494 demissões no mesmo período. No mês de maio, o saldo negativo chegou a 115.599 vagas perdidas, resultado de 1.464.645 admissões contra 1.580.244 demissões no mercado de trabalho.
A Agricultura foi o setor que evidenciou desempenho positivo, com a geração de 28.362 vagas. Nos outros setores foram registradas perdas de postos de trabalho, sendo os desempenhos negativos registrados na Indústria da Transformação (-60.989); Serviços (-32.602) e Construção Civil (-29.795).
Entre as regiões, o desempenho positivo ocorreu no Sul, com criação de 45.053 postos de trabalho e no Centro-Oeste, que gerou 25.869 vagas formais. No Nordeste (-152.342), Norte (-33.843) e Sudeste (-128.685), o resultado não respondeu ao esperado para o mês.
O ministro espera que os ajustes produzidos na economia, anunciado pela equipe econômica, retomem o ritmo de crescimento e o país consiga gerar ainda mais empregos. “Nos últimos 12 anos foram criados 21 milhões de postos de trabalho, porém é preciso ajustar a economia para que possamos continuar gerando vagas formais. Somente o FGTS vai aportar esse ano cerca de R$ 70 bilhões, que vai beneficiar, principalmente, o setor da construção civil”, lembrou.
Na avaliação de Manoel Dias, mesmo com o enfraquecimento em maio, o Brasil tem motivos para esperar uma melhora no quadro de geração de novas vagas, a partir do segundo semestre. Segundo ele, há setores que planejam investir ainda este ano, o que garantirá a geração de vagas de emprego. “O FGTS já desembolsou R$ 20 bilhões, neste primeiro semestre, para o setor da habitação e saneamento básico. Esse recurso vai ajudar a recuperar os empregos na construção civil, que deve gerar mais de 1 milhão de novos postos ainda em 2015”, comentou.
Dias também falou do recrudescimento da crise política, que deve trazer de volta o interesse do empresariado e cidadãos em geral de fazerem investimentos. “A crise política levou muita gente a adiar seus projetos pessoais. A medida em que os ânimos se acalmam, o ritmo será retomado. O Dólar, por exemplo, já apresenta estabilidade há várias semanas”, comentou.
Mais Emprego – Ele citou também as políticas em execução pelo Ministério, como as de combate à informalidade, que amplia fiscalização, e o Portal Mais Emprego, que ofereceu, de janeiro a maio deste ano, mais de 800 mil vagas em diversos setores.
Para o ministro, o Portal “modifica radicalmente a relação entre trabalhadores e empregadores, sendo possível realizar a auto-intermediação, já que na plataforma estão disponíveis milhares de oportunidades de emprego”.
O sistema disponibiliza, pela internet, vagas de emprego, informações sobre o andamento do pedido de seguro-desemprego e oportunidades de qualificação profissional.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15343
Mercado de trabalho perde 115,5 mil vagas em maio
Agricultura tem saldo positivo. Emprego cresce nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás, Acre e Piauí
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