(PALMAS-TO) - Ontem e hoje, médicos participam de atos de mobilização e também paralisam atividades em protesto contra o Programa Mais Médicos. A Federação Nacional dos Médicos (Fenam), entidade que reúne sindicatos da categoria, contabiliza a adesão de cerca de 20 Estados e pede que médicos das redes pública e privada participem. Entre eles o Tocantins.
A Fenam informa que a mobilização desta semana é preparatória para a marcha a Brasília marcada para 8 de agosto, quando ocorrerá uma audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional. Em 10 de agosto, a categoria fará uma avaliação e, caso os 53 sindicatos médicos que integram a Fenam concluam que não houve avanços, a federação diz que será decretada greve.
Nesta quarta-feira dia 31, a partir das 8 horas, as três entidades médicas do Tocantins, Conselho Regional de Medicina (CRM),  Sindicato dos Médicos do Tocantins (Simed)  e Associação Médica do Tocantins (AMT) reunirão médicos vestidos de preto como forma de protesto na sede do sindicato, para um café com debate sobre as precariedades que afetam a saúde.
“Queremos dar voz a todos os médicos que desejam além de respeito, atender com dignidade os pacientes do Tocantins”, ressaltou o presidente do Conselho Regional de Medicina, Nemésio Tomasella.
A mobilização que defende quatro bandeiras: melhorias do Sistema Único de Saúde (SUS), médicos estrangeiros só com revalida, a carreira de estado no SUS e 10% da receita bruta federal destinada à saúde, pretende contribuir com o movimento nacional.
De acordo com o CRM, todos os médicos do Tocantins estão convocados pelas entidades médicas a trabalharem vestidos de preto, simbolizando luto pela falta de respeito dos governos aos profissionais da medicina e seus pacientes.