Há 67 anos no mercado, líder mundial na produção e comercialização de sementes para pastagens tropicais, o Grupo Matsuda tem investido constantemente na busca de novos produtos através da pesquisa e do melhoramento genético. Os trabalhos a cargo do Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento tem resultado em seguidos lançamentos de novas cultivares de forrageiras tropicais, a exemplo o capim Áries, o primeiro Panicum maximum híbrido do Brasil, lançado em 2003 e até hoje largamente utilizado pelo mercado.
Em 2015, a Matsuda colocou mais duas novas variedades no mercado: as cultivares Panicum maximum cv. MG12 Paredão, e a Brachiaria brizantha cv. MG13 Braúna que já estão sendo comercializadas.
A pesquisa e o melhoramento genético são realizados nas mais diversas regiões do país, o que contribui para a geração de plantas adaptadas aos variados ecossistemas e de alto potencial forrageiro.
Fruto desse esforço, o Grupo Matsuda tem a satisfação de apresentar mais duas novidades: as cultivares Andropogon gayanus cv. MG7 Tupã, e a Setaria sphacelata MG11 Tijuca que já se encontram devidamente registradas e protegidas junto ao Mapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

MG7 Tupã

O trabalho de obtenção deste híbrido iniciou-se em 2004, através do cruzamento de diversos acessos de Andropogon do banco de germoplasma da Matsuda Genética. Em seguida, o processo foi de seleção de plantas com características superiores desejáveis como a maior produção de forragem, melhor qualidade nutricional, porte mais baixo e plantas de ciclo mais tardio. Os testes de distinguibilidade, de homogeneidade e de estabilidade foram feitos em 2010 e 2011.
Trata-se de uma gramínea tetraploide de porte médio, ciclo perene, forma touceira com vários perfilhos, colmo com 0,47 cm de diâmetro, folha com 90 cm de comprimento e 3,0 cm de largura, de coloração verde e média pilosidade. O ciclo de florescimento é de aproximadamente 110 dias.
A MG7 Tupã é uma planta forrageira que pode ser indicada para solos de média a baixa fertilidade, poucos profundos e também com cascalho. É uma ótima opção para regiões mais secas. Recomendado para bovinos nas fases de cria, recria e engorda, e também pode ser consumido pelos equinos.
Essa cultivar apresenta fácil manejo pelo porte menor, talo mais fino, rebrote mais intenso e ciclo mais longo. O pastejo deve ocorrer quando as plantas atingirem 50 a 60 cm, até a altura de 18 a 20 cm do solo.

Informe Técnico

Nome científico: Andropogon gayanus
Origem: Matsuda Genética
Fertilidade do solo: Média a baixa
Forma de crescimento: Touceira ereta
Altura de planta: até 2,60 m
Utilização: Pastejo direto
Digestibilidade: Boa
Palatabilidade: Boa
Tolerância a seca: Alta
Tolerância ao frio: Média a baixa
Teor de proteína na matéria seca: 7 a 10%
Produção de forragem: 16 a 20 t/ha/ano de MS

O ciclo mais tardio faz com que a planta demore mais o seu florescimento, mantendo por mais tempo o seu ciclo vegetativo, ou seja, o período em que a planta mais cresce, mais produz forragem e mantém por mais tempo a qualidade nutricional.

MG11 Tijuca

Esse híbrido teve origem em 2004, através do cruzamentos de diversos acessos de Setaria sphacelata do banco de germoplasma da Matsuda Genética, e posterior seleção de população. O trabalho de seleção de plantas visava uma material com boa produção de forragem, maior quantidade de folhas, porte mais baixo e menores teores de oxalato, características superiores a cultivar Kazangula, comercializada há anos.
A cultivar MG11 Tijuca é uma gramínea tetraploide, de ciclo perene, planta entouceirada de crescimento ereto, altura em torno de 1,65m, com folhas de coloração verde-azulada, folhas com mais de 30 cm de comprimento e mais de 1,0 cm de largura, colmo fino com 0,38 cm de diâmetro. A planta possui bom desenvolvimento do sistema radicular e presença de rizomas.
Possui boa qualidade nutricional, tolera solos de média a baixa fertilidade, recomendada para bovinos nas fases de cria, recria e engorda, podendo ser utilizada também para equinos. A boa tolerância aos solos mal drenados faz com que a MG11 Tijuca seja uma boa opção para substituir a Humidicola nestas áreas. Além disso, possui a vantagem de apresentar melhor qualidade nutricional e suas sementes não apresentarem dormência.
O pastejo deve ocorrer com plantas de 60 a 70 cm, até a altura de 20 cm do solo.
O Oxalato de Cálcio é um composto químico que pode ocorrer em algumas plantas forrageiras. Quando consumido pelos animais através do pastejo, pode causar intoxicação, caracterizado por andar cambaleante, tetania, diarreia e escorrimento nasal, em alguns casos sanguinolento. Outro problema é a deficiência de cálcio, principalmente nos equinos. A MG11 Tijuca foi selecionada visando a diminuição desses teores de oxalato na planta. Apresenta teores em torno de 4%, enquanto que a cultivar Kazangula esses chegam a 7% na matéria seca.

Sementes Incrustadas Série Gold

As sementes dessas cultivares serão comercializadas através da tecnologia de revestimento “Série GOLD MATSUDA”, que possui tratamento com polímero e fungicida, melhorando a eficiência de germinação. Opcionalmente, a critério do cliente, no tratamento poderá ser adicionado inseticidas específicos.
De acordo com Jorge Matsuda, diretor-presidente do grupo, a busca constante por novos materiais segue a tendência da evolução tecnológica da pecuária tropical, na evidenciação de altas produtividades conseguidas sempre com vistas à sustentabilidade.

Informe Técnico

Nome científico: Setaria sphacelata
Origem: Matsuda Genética
Fertilidade do solo: Média a baixa
Forma de crescimento: Touceira ereta
Altura da planta: Até 1,65 m
Utilização: Pastoreio direto
Digestibilidade: Boa (51 a 53%)
Palatabilidade: Muito boa
Tolerância à seca: Muito boa
Tolerância ao frio: Muito boa
Teor de proteína na matéria seca: 7,9 a 8,7%
Produção de forragem: 10 a 12 t/ha/ano de MS
Tolerância a solos mal drenados: Muito boa