(Brasília-TO) - Membro da Comissão Especial destinada a analisar a Lei (12.619/12) que regulamenta a jornada de trabalho dos caminhoneiros, o deputado federal Lázaro Botelho (PP) defendeu nesta terça-feira, 2, a flexibilização do horário de trabalho dos motoristas e a redução das tarifas de pedágio para o setor. Como não houve consenso para a votação do relatório apresentado pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), o colegiado volta a se reunir nesta quarta-feira, 03.
Os caminhoneiros reivindicam, além do subsídio para o óleo diesel e o fim dos pedágios para o setor, a instalação de pontos de apoio seguros para o necessário descanso dos motoristas, assim como intervalos maiores entre cada jornada e aposentadoria especial aos 25 anos de profissão.
Além disso, a categoria defende o controle da jornada de trabalho, como forma de inibir exposições longas ao volante. A lei expressa o limite de 4 horas de trabalho contínuo para profissionais contratados e 6 horas de trabalho para os profissionais autônomos. Botelho defende que o tempo de direção de um motorista não ultrapasse as quatro horas consecutivas, como prevê a legislação vigente. Pelo relatório que será analisado nesta quarta-feira, o motorista poderá dirigir até seis horas.
Lázaro Botelho defendeu que é preciso intensificar as discussões sobre determinadas reivindicações da categoria, mesmo o Governo já tendo sinalizado que não há condições de atender parte das revindicações.
“Há muito tempo, os motoristas vem sofrendo com as longas exposições ao volante, muitos deles tomando ‘rebite’ e até outras drogas mais fortes para conseguir cumprir o trajeto. O momento é oportuno para que estudemos cada mérito”. E acrescentou: “Nenhum caminhoneiro quer perder a vida, desamparar sua família. É exatamente para dar o melhor para suas famílias que eles estão nas estradas. Se queremos acabar com as jornadas excessivas, o primeiro passo é a diminuição dos custos e consequentemente, o aumento dos ganhos dos motoristas de cargas”, lembrou.