(BRASÍLIA-DF) - A audiência foi realizada pelas comissões de Fiscalização Financeira e Controle; e de Viação e Transportes e teve início às 10 horas da manhã, proposta pelos deputados Wellington Roberto (PR-PB) e Girotto (PR-MS). O deputado federal Lázaro Botelho (PP-TO), presidiu os trabalho da mesa a partir das 15 horas, até o final da reunião, às 18 horas.
O diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luis Antônio Pagot, disse que pretende continuar chefiando o órgão. Formalmente, ele está de férias. “Pretendo continuar no Dnit porque comecei uma reestruturação que gostaria de concluir”, afirmou, após quase oito horas de debate.
Ao falar da reestruturação no órgão, Pagot disse que “contrariar interesses é muito difícil”. Ele acrescentou que, caso não fique no órgão, pretende trabalhar com portos e cabotagem (navegação entre portos marítimos). “Tenho projetos de navegar nas águas barrentas do Amazonas. A cabotagem e a implantação portuária poderia ser a solução das rodovias”.
Pagot foi afastado da direção após a revista Veja publicar denúncias de irregularidades no órgão. Segundo ele, algumas informações são “inverdades” e houve “exagero” em relação a diálogos de uma reunião da cúpula do Ministério dos Transportes com a Presidência da República.
Segundo a revista, a presidente Dilma Rousseff teria dito que o ministério estaria “incontrolável”, o que foi negado por Pagot. “A presidente é incisiva, veemente e dura nas cobranças, mas quero deixar claro que o que foi publicado não é a expressão da verdade”, disse.
Pagot e o PR negam as acusações. “O PR não é diferente de nenhum outro partido no Brasil, na época de campanha tem necessidade de receber recursos para fazer frente (à campanha eleitoral). Mas o Dnit não é instrumento do partido para fazer captação (de recursos)”, disse aos deputados.
Pagot aproveitou para afirmar que o novo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, e o diretor de infraestrutura rodoviária do Dnit, Hideraldo Caron, são técnicos “competentes”.
A oposição demonstrou frustração com o depoimento de Pagot e tentou, durante a audiência pública, arrancar alguma declaração contra o governo em vão.
Para Lázaro Botelho, Pagot cumpriu sua função de homem público “com muita serenidade e com conhecimento de causa ele apresentou os trabalhos que desenvolveu frente ao DNIT, desmentiu as acusações e deixou os deputados satisfeitos com suas explanações e explicações. O governo vai saber conduzir essas questões e se tiver algo a ser apurado, que seja apurado. Parabenizo o Diretor Luiz Antônio Pagot por sua disponibilidade e pelo seu comportamento sério com o trabalho desenvolvido frente ao DNIT que não deixa margens para questionamentos”, disse Lázaro Botelho ao finalizar a reunião.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14152
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