(PALMAS-TO) - Presidente regional do PP, o deputado federal Lázaro Botelho, atribuiu nesta quarta-feira, 12, a ação de impugnação do registro da candidatura de Valderez Castelo Branco (PP) a prefeita de Araguaína a um erro da Justiça e, sem citar nomes, insinuou manobra para prejudicar a candidata. “O processo de impugnação da Valderez se refere a uma multa estipulada no ano de 2000. Essa multa ficou guardada sem ninguém dar notícia dela. No período normal, quando era para pegar a certidão e apresentar na convenção, nós temos a certidão do TRE [Tribunal Regional Eleitoral] limpa, sem multa de nada. Depois da convenção, eles apareceram com uma multa. Nós procuramos pagar essa multa dentro do tempo hábil e eles não acharam o processo. O processo estava escondido com alguém”, declarou Botelho.
De acordo com o presidente do partido, há depoimento de funcionário do cartório de Araguaína afirmando não ter como receber o pagamento pela multa “porque o processo não estava nem lá no Cartório, nem na Procuradoria, em Araguaína”.
O presidente enfatizou que não houve má fé por parte de Valderez. “Infelizmente a justiça interpretou diferente aqui em Palmas. Mas tenho certeza que lá em Brasília haverá mais tempo para analisar o processo e ver que nós agimos de boa fé”, disse, acrescentado que assim que a multa foi apresentada, foi paga e que a candidata não tem mais qualquer débito. “Não pagamos antes porque não deram condições da gente pagar. Não apresentaram o processo”, reforçou.
Quanto à campanha eleitoral em Araguaína, ele disse que o grupo aliado à candidata está tranquilo e que Valderez conta com apoio do povo. “Tenho certeza de que Valderez foi a melhor gestora que Araguaína já teve e mais uma vez vai provar isso para a população de Araguaína que respeita e confia na administração dela”, finalizou.

Entenda
A candidata teve o registro de sua candidatura impugnado pela juíza Julianne Freire, de Araguaína, no dia 20 de julho, após a juíza acatar os pedidos de impugnação interpostos pelo Ministério Público Estadual (MPE) e pela coligação adversária “Juntos por Araguaína”, do candidato Ronaldo Dimas (PR). Os pedidos são referentes ao não pagamento de uma multa por captação ilícita no valor de R$ 26 mil, do ano 2000.
A candidata recorreu mas o TRE manteve a decisão em primeira instancia e, com isso, Valderez protocolou recurso junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e aguarda a decisão. Logo após a decisão da juíza Julianne Freire, a advogada da coligação de Dimas, Luciana Ventura, disse que a multa é referente ao processo de compra de votos, do ano de 2000, ainda quando Valderez fazia a primeira campanha para a prefeitura, e foi transitado em julgado no ano de 2011.
Na época, o também advogado da coligação de Dimas, Juvenal Kleyber, afirmou que mesmo que Valderez tivesse pago a multa, a coligação entraria com o pedido de impugnação. “Ela [Valderez Castelo Branco] não fez nem o pagamento parcelado. Está previsto em lei que o fato de ela já ter sido condenada por captação ilícita, não pode se tornar elegível”, apontou.