Chega a doze o número de políticos com mandato e sem mandato que estão na Lista de Fachin. A senadora Kátia Abreu, o governador Marcelo Mirada, deputado Irajá Abreu, ex-governador Siqueira Campos, ex-governador Sandoval Cardoso, deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, prefeito de Araguaína Ronaldo Dimas, ex-deputado Júnior Coimbra e o ex-deputado estadual Marcelo Lelís e também os ex-prefeitos de Taguatinga Eronildes Teixeira de Queiroz e Zélia Queiroz.
Os documentos mostram que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, peticionou tribunais sobre outros políticos do Estado. Um deles é o governador Marcelo Miranda (PMDB), cujo processo foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a quem cabe decidir se abre ou não inquérito.
Dois prefeitos estão na lista: Laurez Moreira (PSB) e Ronaldo Dimas (PR), com casos encaminhados ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1).
Também aparecem o ex-deputado estadual Marcelo Lelis (PV), o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) e o ex-governador Siqueira Campos (sem partido), casos também dirigidos ao TRF1; e o ex-governador Sandoval Cardoso (SD), cujo processo foi remetido para a Justiça Federal do Tocantins.
Os ex-prefeitos de Taguatinga Eronildes Teixeira de Queiroz e Zélia Queiroz também integram a lista e responderão junto ao TRF1. Também o ex-deputado federal Júnior Coimbra.
Marcelo Miranda
Em nota na noite dessa terça-feira, 11, antes mesmo da divulgação dos detalhes do caso de Marcelo, a Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) disse que o governador "foi somente citado, não houve indiciamento". "Mas vale considerar que todas as doações de campanha do governador foram feitas de forma legal, devidamente declaradas e as contas aprovadas", afirmou a secretaria na nota.
Irajá Abreu
Em sua nota, Irajá Abreu afirmou que o seu nome "não foi apresentado na 'lista' do ministro Edson Fachin", citando que o seu processo teria sido devolvido à Procuradoria-Geral da República (PGR). Entretanto o pedido de inquérito contra o deputado voltou para o Ministério Público Federal (MPF) para nova análise; ou seja, apesar de haver indiciamento, o teor do depoimento contra o social democrata não foi arquivado.
O deputado tocantinense ainda também destacou que as suas campanhas eleitorais foram declaradas e aprovadas pela Justiça e disse estar à disposição para fazer os esclarecimentos necessários. "Continuarei trabalhando pelo Estado no Congresso Nacional, sempre cumprindo com responsabilidade o desafio a mim confiado por milhares de Tocantinenses, seguindo o princípio da legalidade que é formador do meu caráter como homem, cidadão e parlamentar", concluiu.
Eduardo Siqueira Campos
A assessoria do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos (DEM) disse que nem ele nem o pai, o ex-governador Siqueira Campos (sem partido), teve acesso aos "depoimentos que trazem qualquer citação de seus nomes na lista divulgada pelo ministro Luís Edson Fachin". "O que se sabe até o momento é que o teor dos depoimentos coletados serão remetidos ao foro competente para verificação, arquivamento ou processo que permita o contraditório e a ampla defesa. Sem processo aberto, nem conhecimento de acusação formal que possa ser rebatida, não cabe qualquer declaração, mas apenas reafirmar, que tanto o deputado Eduardo Siqueira Campos, quanto o ex-governador Siqueira Campos, sempre pautaram suas vidas obedecendo os preceitos legais, com ética, transparência e respeito ao povo Tocantinense", afirma a nota da assessoria.
Júnior Coimbra
O ex-deputado federal Júnior Coimbra (sem partido) garantiu em nota estar tranquilo quanto à acusação feita contra ele. Ele é citado ao lado do ex-presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ)
Veja abaixo, as notas enviadas por alguns dos citados. A senadora Kátia Abreu, o ex-governador Sandoval Cardoso, o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, o ex-deputado estadual Marcelo Lelís e os ex-prefeitos de Taguatinga Eronildes Teixeira de Queiroz e Zélia Queiroz, não se manifestaram até o fechamento da edição. O Jornal ressalta a disponibilidade do espaço a qualquer tempo.
Prefeito Ronaldo Dimas:
"Bom dia! Uma manhã estranha esta de hoje, 12 de abril de 2017.
Como nem sei qual o teor e muito menos do que estou sendo acusado, informo que não recebi nenhum recurso ilícito e todas as contas das campanhas eleitorais que participei foram aprovadas.
É de conhecimento comum que a Odebrecht era a acionista majoritária da Saneatins e o que tivemos ao longo dos últimos quatro anos foi um relacionamento muito difícil, sempre exigindo melhorias na qualidade dos serviços, em função dos inúmeros estragos na pavimentação causados pelos frequentes vazamentos na rede de distribuição de água e o atraso na implantação da rede de tratamento de esgoto de Araguaína.
Me pronunciarei com maior clareza após ter todas as informações.
Ronaldo Dimas"
Do deputado federal Irajá Abreu:
"Venho esclarecer a respeito da matéria jornalística publicada na imprensa que:
O meu nome não foi apresentado na "lista" do Ministro Edson Fachin do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou a abertura de inquérito de 9 ministros, 29 senadores e 42 deputados Federais. Pelo contrário, este mesmo Ministro devolveu o meu processo à Procuradoria-Geral da República (PGR).
Reitero, que todas as doações feitas para as minhas campanhas eleitorais foram realizadas dentro da lei, devidamente declaradas e aprovadas pelo TRE/TO. Confio plenamente na Justiça, portanto, não temo qualquer investigação e me coloco à disposição para todos os esclarecimentos necessários.
Continuarei trabalhando pelo Estado do Tocantins no Congresso Nacional, sempre cumprindo com responsabilidade o desafio a mim confiado por milhares de Tocantinenses, seguindo o princípio da legalidade que é formador do meu caráter como homem, cidadão e parlamentar".
Irajá Abreu Deputado Federal"
Do deputado estadual Eduardo Siqueira Campos:
O deputado Eduardo Siqueira Campos e o ex-governador Siqueira Campos não tiveram acesso aos depoimentos que trazem qualquer citação de seus nomes na lista divulgada pelo ministro Luís Edson Fachin. O que se sabe até o momento é que o teor dos depoimentos coletados serão remetidos ao foro competente para verificação, arquivamento ou processo que permita o contraditório e a ampla defesa. Sem processo aberto, nem conhecimento de acusação formal que possa ser rebatida, não cabe qualquer declaração, mas apenas reafirmar, que tanto o deputado Eduardo Siqueira Campos, quanto o ex-governador Siqueira Campos, sempre pautaram suas vidas obedecendo os preceitos legais, com ética, transparência e respeito ao povo Tocantinense .
Élcio Mendes
Assessoria de Imprensa
Do ex-deputado federal Júnior Coimbra:
O secretário de Governo Junior Coimbra, sem partido, informa que desconhece o teor da delação e garante estar tranquilo quanto à acusação feita contra ele. O secretário informa ainda, que quando for acionado pela Justiça estará à disposição para prestar esclarecimentos. Coimbra ressalta que segue tranquilamente no exercício do seu trabalho.
Comentários