(PALMAS-TO) - Ailton Arcanjo de Sousa Júnior, Cely Ismael da Silva Sousa e Ildiman Fernandes Feitosa, acusados por envolvimento em crimes cibernéticos no Tocantins, descobertos durante a Operação Trojan, já foram sentenciados. Ailton recebeu pena de um ano e seis meses de prisão, enquanto Ismael e Ildiman foram condenados a um ano de prisão. A Operação Trojan foi desarticulada pela Polícia Federal (PF) no dia 4 de agosto de 2010. Na época, conforme a PF, a quadrilha agia principalmente na cidade de Palmas.
Os outros acusados no crime e que aguardam julgamento são Antônio Rodolfo Granja do Nascimento, Herbert de Carvalho Rocha, Jhonny Cícero Dourado, Raphael Gomes Medrado, Hermando Rodrigues Soares, Marcelo Matos da Silva, Alice Quiteria Granja do Nascimento, Fausto Campos da Silva, e Rafael Nunes Moreira Barbosa. Há informações que Jhonny Cícero Dourado, considerado o chefe da quadrilha, se encontraria foragido.

Entenda o caso
Segundo a PF, a quadrilha desviava o dinheiro por meio de transações de contas correntes para contas de “laranjas” mantidas pelo grupo. Existia um grupo de “aliciadores” que buscava pessoas que “alugavam” contas bancárias para que a quadrilha sacasse o dinheiro. Segundo as investigações, participavam também do esquema criminoso, comerciantes e empresários no Estado, sendo que eles forneciam boletos bancários de suas empresas (água, luz, telefone, IPVA, Dare, GPS etc) para que fossem pagos via internet de forma fraudulenta, utilizando contas de terceiros.
Os valores recebidos pelos “crackers”, para que efetuassem o pagamento dos boletos, giravam em torno de 40% a 60% do total a ser pago. Os acusados deverão responder pelos crimes de formação de quadrilha (de um a três anos de prisão) e furto qualificado mediante fraude (de dois a oito anos de prisão).