(Gurupi-TO) - O Poder Judiciário em Gurupi determinou nesta terça-feira, 27, o cumprimento de mandado de prisão contra seis policiais militares supostamente envolvidos no assassinato de seis pessoas corrido em setembro. Ouvidos durante a noite, no Ministério Publico, nenhum dos acusados tiveram o nome divulgado. A Polícia Civil, de igual modo, cumpriu cinco mandados de busca e apreensão de armas e computadores dos suspeitos.  
As seis pessoas assassinadas foram: Cláudio Roberto Pereira Silva, 27 anos, Daniel Alves Batista, 18 anos, Genildo Miranda da Silva, 22 anos, Reginaldo Alves Miranda, 34 anos, Walison de Oliveira Gomes, 18 anos, e Ana Paula Lima, 21 anos. As vítimas morreram com tiros na cabeça.
Segundo a fonte, os policiais militares já se encontram no Ministério Público daquele município onde estão sendo ouvidos.
Ainda conforme a fonte, a Polícia Civil cumpriu, de igual modo, cinco mandados de busca e apreensão de armas e computadores dos policiais suspeitos. Os militares já estavam afastados de suas funções e desempenhavam somente serviços administrativos no Batalhão da Polícia Militar (BPM) enquanto as investigações estavam sendo realizadas.

Justiça determina exumação de três corpos

Foi determinado na tarde de ontem,  a exumação dos corpos de Reginaldo Alves da Silva, 34 anos, Walyson de Oliveira Gonçalves, 18 anos e Regivaldo Miranda da Silva, 22 anos, que foram encontrados mortos com tiros na cabeça, no dia 26 de setembro. O motivo da exumação é para saber se a arma usada foi uma espingarda de calibre 12
Um médico legista da Polícia Técnico-Cientifica  iniciou os trabalhos e terá dez dias para concluir a análise. O período pode ser prorrogado por mais dias. Também foi solicitada a presença de um papiloscopistas para colher as digitais dos corpos exumados.
Os militares já estavam afastados das funções, mas realizavam atividades administrativas no Batalhão da Polícia Militar (BPM), durante o período das investigações.

Comando da PM diz que não pactua com a má postura de membros da corporação

Em nota divulgada nesta quarta-feira, 28, o Quartel do Comando Geral (QCG), da Polícia Militar (PM), afirma que não pactua com a “má postura de nenhum policial militar, esteja ele em serviço ou não” e que espera a apuração e a conclusão das investigações e, caso seja comprovado o envolvimento dos militares, todas as medidas legais e cabíveis serão tomadas, com rigor e em obediência à lei.

Leia a íntegra da nota

“Nota PM - TO


Quanto à solicitação deste veículo de comunicação acerca do caso dos policiais militares de Gurupi e o suposto envolvimento destes na morte de seis pessoas naquela cidade, fato ocorrido no último mês de setembro, a Polícia Militar do Tocantins informa que os referidos policiais militares encontram-se no QCG – Quartel do Comando Geral, em Palmas.
Já com relação às informações sobre o tempo em que os mesmos ficarão no QCG, as provas dos autos, o que os militares alegam, bem como a divulgação dos nomes dos supostos envolvidos, a PMTO esclarece que tais informações estão sob o poder do Ministério Público em Gurupi que lidera, junto com a Polícia Civil, as investigações sobre o caso, que transcorre em segredo de justiça.
De antemão, o Comando Geral da PMTO reitera que não coaduna com a má postura de nenhum Policial Militar, esteja este em serviço ou não, espera a apuração e a conclusão das investigações e, caso seja comprovado o envolvimento dos policiais militares, todas as medidas legais e cabíveis serão tomadas, com rigor e em obediência à Lei.”