Duas pessoas investigadas pela Polícia Civil na operação Ongs de Papel, que apura suposto desvio de recursos de emendas parlamentares em convênios com instituições sem fins lucrativos, tiveram prisão decretada na sexta-feira, 30 de agosto.
A representação foi feita pela Divisão de Repressão à Corrupção (DECOR/DRACCO), por meio dos delegados de polícia Bruno Sousa Azevedo e Gregory Almeida.
O inquérito policial instaurado apura o possível cometimento de crimes contra a administração pública e organização criminosa na realização fraudulenta de eventos de interesse público pelo Instituto Prosperar - Cultura, Sociedade, Meio Ambiente e Desenvolvimento (IPROS).
Nesta fase, delegados da DECOR representaram pela prisão preventiva de R. P. L. que, em conduta criminosa, ameaçou testemunha e movimentou conta bancária de empresa investigada.
A prisão preventiva do suspeito foi decretada na última quinta-feira, 29 de agosto, e ele se apresentou na Delegacia Especializada em Investigações Criminais (DEIC-Norte) na sexta-feira (30) e foi encaminhado em seguida à Casa de Prisão Provisória de Araguaína.
Apesar de já estar preso, foi decretada também outra prisão preventiva de I. V. A., apontado como operador do esquema criminoso. Segundo a investigação, I. V. A. estava coordenando os atos de obstrução das investigações e destruição de provas, por meio de interpostas pessoas.
A prisão preventiva de I. V. A. foi requerida pelo Ministério Público Estadual e decretada pelo Juiz Kilber Correia Lopes, substituto da 1ª Vara Criminal de Araguaína, sob o entendimento de que ele estaria atrapalhando as investigações.
Ainda, para preservação das provas, a decisão judicial determinou que a Junta Comercial do Estado do Tocantins (Jucetins) se abstenha de efetuar qualquer alteração contratual no quadro societário das empresas investigadas.
Ongs de Papel
Deflagrada no dia 1º de julho, a operação Ongs de papel já cumpriu 7 mandados de prisão e 9 de busca e apreensão. Foram bloqueados bens e valores que totalizam mais de R$ 2 milhões para ressarcimento ao erário.
Na operação, fatos investigados podem materializar, em tese, crimes contra a Lei de Licitações, organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato.
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