O suplente de senador João Costa defendeu a necessidade de se construir um novo grupo político no Estado sem "os vícios" dos atuais e que, segundo ele, "se revezam no poder" no Tocantins. "Existe um vazio de líderes enorme no Brasil e, ainda mais, no Tocantins", sustentou João Costa.
Ele disse que pretender iniciar um movimento no Estado de debate e reflexão sobre os rumos do Tocantins. "Não sei se serei candidato em 2018, mas pretendo plantar uma semente", afirmou. "Se não fizermos isso, estaremos sob comando dessa gente nos próximos 30 ou 50 anos, não podemos aceitar isso. Só trocam os nomes, mas o jeito de fazer política é o mesmo."
Para João Costa, o Estado exauriu esse modelo em que, além de perpetuar os caciques, "agora eles colocam os filhos e esposas na política". "Vivemos o período das oligarquias. São os filhos do senador e da senadora que viraram deputados federais, a esposa do governador também é deputada federal. Não é possível que isso continue se reproduzindo", criticou. "Será que o Tocantins não tem homens de bem para nos governar?"
Ele elogiou o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB), em que disse ter tido "a grata satisfação" de ter votado em 2012. "Mas era preciso vir um colombiano para quebrar um pouco desse círculo vicioso? Nada contra o Amastha ou os colombianos, ao contrário. Mas temos que continuar importando gente para nos governar bem?", questionou.
João Costa está no PR, mas deve deixar o partido. Ele é suplente do senador Vicentinho Alves (PR). Foi advogado da União do Tocantins no Recurso Contra Expedição de Diploma (Rced) que cassou o governador Marcelo Miranda (PMDB) no TSE, em 2009. No governo Siqueira Campos (sem partido), foi secretário de Segurança Pública, em 2011, cargo que deixou após romper com o governador.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15910
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