O Ministério Público do Tocantins afirmou, em ofício enviado à Fesserto (Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins), que o Procedimento Investigatório Criminal n° 16/2019, que apura suposta corrupção no Plansaúde, está tramitando em segredo para não atrapalhar as investigações.
O ofício é assinado pela subprocuradora Geral de Justiça, Maria Cotinha Bezerra Pereira. As denúncias foram feitas em um áudio vazado do médico Luciano de Castro, filho de uma das diretoras do Hospital Oswaldo Cruz. 
Há duas semanas, o presidente da Fesserto, Carlos Augusto Melo de Oliveira (Carlão), enviou ofício ao MPE e ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) cobrando apurações sobre as denúncias do médico.
"Cumpre-me informá-lo que, em âmbito criminal, esfera de atribuição deste procurador-geral de Justiça, foi instaurado, de ofício, o Procedimento Investigatório Criminal n° 16/2019, o qual tramita em sigilo para apuração do assunto em questão", destaca a procuradora.
Em áudio que viralizou no Tocantins, Luciano de Castro relata uma série de possíveis crimes que estariam ocorrendo na administração estadual, com pagamentos e distribuição de propinas em vários contratos, inclusive no Plansaude (Plano de Saúde dos Servidores Públicos). O áudio cita alguns agentes públicos.
"É importante essa resposta do MPE. Esperamos que o procedimento seja concluído o mais rápido possível e tudo venha a ser esclarecido", frisou Carlão.

Igeprev
Em outra frente, a Fesserto disse que está cobrando o detalhamento da situação dos repasses do governo do Estado ao Igeprev-TO (Instituto de Gestão Previdenciária do Tocantins). No ofício, endereçado ao presidente do instituto Sharlles Fernando Bezerra Lima, Carlão explica que há uma preocupação da entidade em saber a real situação das finanças do instituto, que é responsável por pagar as aposentadorias e pensões dos servidores estaduais.
"O pedido supra justifica-se, haja vista, a preocupação desta Federação em relação a aposentadoria e pensões de seus representados, bem como a saúde financeira do instituto", destaca o documento de Carlão.