Trabalhadores rurais do Movimento dos Sem-Terra (MST) ocuparam na manhã desta terça-feira, 3, a sede da unidade do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Araguatins. São cerca de 120 pessoas que integram o acampamento Carlos Marighella, há 15 km do município. Antes da ocupação, as famílias fizeram uma marcha do percurso entre o acampamento e a cidade.
De acordo com o MST, com a ocupação do Incra, os acampados querem ser ouvidos pelo superintendente do Instituto, Ruberval Gomes da Silva. Segundo líderes do movimento, há sete meses os trabalhadores aguardam o cumprimento de um compromisso firmado pelo órgão de realizar a vistoria em três fazendas da região - fazendas Madureira, Santa Helena e Santa Rosa - para viabilizar o assentamento dos acampados.
"Até agora, nada. As famílias estão há sete meses à beira da estrada, sem nenhuma ação do Incra. Agora, nós só sairemos daqui [da Unidade] quando o superintendente vier conversar com a gente pessoalmente com essas famílias para firmar uma agenda de compromisso para vistoria dessas fazendas, para resolver essa questão e as famílias serem assentadas. Nós só vamos nos retirar, após a presença do superintendente", declarou um dos integrantes do MST, que não quis se indetificar. O Carlos Marighella é o único acampamento atualmente na região do Bico do Papagaio.
Ainda segundo o movimento, além dos acampados, se juntaram à atividade desta terça-feira famílias assentadas da região, que reivindicam do Instituto melhoria na estrutura dos assentamentos, como postos de saúde, escolas e regularização dos lotes.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14871
Integrantes do MST ocupam sede do Incra em Araguatins
Líderes do movimento reivindicam agilização de vistoria em fazendas da região para viabilizar despropriações; eles exigem ser recebidos por superintendente do instituto
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