Os cerca de 50 imigrantes venezuelanos que se refugiaram em Palmas há pelo menos 10 dias estão se preparando para deixar a capital. Antes de chegarem ao Tocantins eles passaram cerca de dois meses em Belém (PA).
Segundo informações, o grupo pretende se deslocar para Imperatriz (MA) até o final dessa semana. "Em Imperatriz tem uma Casa Abrigo para nós" afirmou um indígena.
Abrigo
Na ultima sexta-feira (22), uma força tarefa composta por diversos órgãos se reuniu na sede do Ministério Público para definir a situação dos indígenas da etnia Warao.
Após a reunião, um abrigo foi ofertado aos imigrantes no Centro Social Carmelita, no distrito de Luzimangues em Porto Nacional. O local foi cedido pela Arquidiocese de Palmas.
Apesar de a Secretaria de Desenvolvimento Social do Município de Palmas ter se comprometido a fornecer cestas básicas durante três meses, os indígenas não quiseram se abrigar no local.
Outras medidas estruturais na área da saúde e transporte também foram discutidas para que os venezuelanos aceitassem o abrigo, mas sem sucesso.
Partida
Nesta terça-feira (26) alguns dos líderes dos indígenas informaram à vários órgãos de imprensa que decidiram ir embora do Estado. Eles disseram que recusaram o abrigo em Luzimangues por que ficariam isolados. "Eles iam colocar a gente em uma casa e deixar lá, nossa cultura é diferente. Não queremos isso. Precisamos de emprego, de dinheiro para buscar nossa família que está morrendo na Venezuela", disse um dos venezuelanos.
"Nós queremos ir embora, não queremos mais ficar aqui. Em Imperatriz tem uma casa abrigo para nós e nos ajuda", afirmou outro refugiado.
Refugiados
Ao todo, cerca de 30 adultos e 20 crianças da etnia Warao chegaram à capital do Tocantins e se alocaram nas dependências do Terminal Rodoviário da cidade há dez dias.
Durante esse período, os venezuelanos receberam a doação de alimentos, água e roupas da população, além da ajuda em dinheiros de vários moradores.
A Prefeitura de Palmas afirmou, em nota, que tem acompanhado e dado assistência às famílias venezuelanas por meio do serviço de abordagem social, ofertado pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas).
A nota diz ainda que a diretoria de Proteção Social Especial da Secretaria de Desenvolvimento (Sedes) está providenciando formas de resolver os problemas necessários para auxiliar os refugiados.
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