PALMAS - Buscando evitar a paralisação dos serviços do Plano de Assistência a Saúde dos Servidores do Estado (Plansaúde), o secretário de Administração, Geferson Barros, se reuniu na manhã desta quinta-feira, 17, com representantes do Sindicato de Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde (Sindessto), que ameaçou interromper o atendimento, citando a existência de dívida que ultrapassa os R$ 30 milhões.
Na ocasião, o titular da Secretaria de Administração (Secad) propôs pagamento na próxima semana no valor de R$ 4,5 milhões às unidades hospitalares, além de buscar alternativas para garantir o pagamento de nova parcela ainda em janeiro, diante do compromisso dos Sindessto de não prejudicar os usuários do plano.
De acordo com assessoria de imprensa da Secad, os empresários presentes se mostraram dispostos a aceitar a proposta, sendo que a presidente da entidade, Maria Lúcia Machado de Castro, informou que consultaria os demais sindicalizados ainda nessa quinta-feira para deliberar posição.

Ameaça

Os hospitais e estabelecimentos que prestam serviços ao PlanSaúde anunciaram a suspensão dos atendimentos a partir de segunda-feira, 21, ainda na quarta-feira, 16, argumentando que o Executivo não paga as unidades desde agosto deste ano. “Se não vamos receber, não temos dinheiro para ficar carregando o PlanSaúde nas costas”, afirmou a presidente do sindicato ao CT. Por meio de nota, enviada no mesmo dia, a Secad havia avisado que, “por ausência de liquidez financeira”, as unidades hospitalares parceiras do Plansaúde receberão pagamento em janeiro.

Histórico

O Plansaúde foi instituído em dezembro de 2003, na primeira gestão do governador Marcelo Miranda (PMDB). Vinculado à Secretaria da Administração, recebe suporte operacional da Unimed Centro-Oeste e Tocantins. Não é um Plano de Saúde regido pelas regras da Agência Nacional de Saúde Suplementar, e sim um Plano Público de Assistência à Saúde disponível a mais de 30 mil servidores públicos e seus dependentes, que somam mais de 88 mil beneficiários.