PALMAS - Cerca de 2 mil enfermeiros que trabalham no Hospital Dona Regina, no Hospital Geral de Palmas (HGP) e no Hospital Infantil da Capital iniciaram uma greve nessa terça-feira, 2. O presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem do Estado do Tocantins (Seet), o técnico de enfermagem Claudean Pereira Lima, informou ao CT, nessa quarta-feira, 3, que o movimento vai ser longo. “O planejamento é a longo prazo. Estamos organizando nos primeiros três hospitais de Palmas e vamos avançar até as 19 unidades na semana que vem”, afirmou. O ponto de concentração do movimento grevista será na entrada principal do HGP.
Entre as reivindicações da categoria estão melhores condições de trabalho, alimentação e pagamento de retroativos, adicional noturno e gratificação. “Falta alimentação, estou aqui no HGP e os profissionais não sabem o que vão comer; falta medicação e local adequado para período de descanso. Os 19 hospitais do Estado estão uma calamidade; os de Dianópolis e Taguatinga estão caindo aos pedaços. O governo nos coloca em uma situação degradante de trabalho”, reclamou Claudean. “Existem também pendências financeiras, mas o movimento é baseado primeiramente nas condições de trabalho”, esclareceu o presidente.

Atendimentos
O técnico de enfermagem frisou que os atendimentos de urgência e emergência e os tratamentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) estão sendo preservados. “Não queremos penalizar a população, mas sim preservar a vida dando melhores condições de trabalho para os profissionais de enfermagem”, destacou.

Entenda
Em março de 2015 os profissionais de enfermagem realizaram uma paralisação de 24 horas, que se estendeu por 36 horas para cobrar do governo o pagamento dos retroativos do adicional noturno, progressões e insalubridade, além de condições de trabalho e pagamento da data-base.
Com a greve, o governo apresentou uma proposta para a categoria destas demandas, contudo, segundo o Seet, ele descumpriu com o acordo firmado com os profissionais e ainda deixou de pagar outros direitos da categoria.
Em dezembro de 2015, foi realizada uma assembleia para deliberação sobre o descumprimento do acordo. De acordo com o Seet, “como o governo em nenhum momento se mostrou interessado em negociar com a categoria”, o sindicato convocou os profissionais para uma nova assembleia, no dia 28 de janeiro, que deliberou pela greve”. (Com informações da assessoria de imprensa do Seet)