(PALMAS-TO) - Recursos para a implantação de módulos sanitários domiciliares em áreas rurais e periféricas das cidades; drenagem fluvial para o setor Nova Araguatins, que sofre na época de enchentes; desenvolver um projeto de educação em saúde voltado para saneamento ambiental que atenderá principalmente agricultores rurais, pequenos silvicultores e população rural em geral e para a modernização dos nove pólos da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS ) foram alguns dos pedidos feitos pelo Governador Siqueira Campos ao presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Gilson Queiroz, durante a abertura do Seminário Técnico para Captação de Recursos, realizado na manhã desta sexta-feira, 1°, no auditório do Palácio Araguaia.
Segundo o governador, os projetos que compreendem um investimento de mais de R$ 93 milhões vão democratizar o acesso a condições básicas de saúde para uma melhor qualidade de vida da população. “É difícil fazer a universalização do saneamento quase sem recursos e temos consciência de que este é um ponto básico de transformação para o futuro que o nosso povo merece, pois saneamento básico é saúde preventiva num nível extraordinariamente grande, que reduz inclusive o acúmulo de pessoas nos hospitais”, afirmou Siqueira Campos.
O presidente da Funasa, Gilson Queiroz, afirmou que a meta nacional é universalizar as ações de saneamento básico em todo país daqui a 20 anos e que para isso o investimento global compreende R$ 420 bilhões. “Hoje temos um grande déficit de saneamento e o Tocantins não é diferente. Temos uma lei nacional de saneamento que exige que façamos planos para universalizar estas ações e para isso buscamos todas as instituições ligadas a este assunto, bem como entidades e a sociedade civil, que é a mais interessada, pois sofre com a falta destes serviços. Neste sentido, o Tocantins está fazendo o que é certo, discutindo que caminhos devem ser tomados nos próximos anos”, enfatizou.
Segundo o presidente da ATS, Edmundo Galdino, o que se busca com o seminário é, além da ampliação do fornecimento de água, que nos meios urbanos é universalizado, enfrentar o problema do saneamento rural e fazer os planos municipais de saneamento e de resíduos sólidos, que são necessários para que os municípios realizem convênios para captação de recursos do Governo Federal. “Já temos o projeto Água para Todos, que atende a Região Sudeste, o programa de saneamento rural para os assentamentos do Incra [Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária] e para os agricultores familiares, além de um projeto que atende os municípios com vocação turística, como a região do Jalapão e do Cantão”, afirmou, acrescentando que só para o Água para Todos são aproximadamente R$ 80 milhões.
Ainda segundo o presidente da ATS, no Tocantins apenas aproximadamente 10% da população tem a coleta e o tratamento do esgoto e 8% tem apenas a coleta. “Em relação à água, temos praticamente a universalização dos domicílios urbanos onde atendemos 90%. Nosso grande problema é a área rural, com mais de 350 mil pessoas que não desfrutam dos benefícios do saneamento”, destacou.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 14418
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