(PALMAS-TO) - Adequação de planilhas, greves e período eleitoral foram apontados pelo secretário da infraestrutura Alexandre Ubaldo como motivos para o não início das obras de recuperação das estradas vicinais em 370 assentamentos, em 85 municípios tocantinenses. As obras serão executadas através de uma parceria com o Incra - Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, firmada em outubro de 2011.
Segundo o secretário estadual da Infraestrutura, Alexandre Ubaldo, as obras ainda não começaram porque houve necessidade de readequar o processo às exigências da União. “Por ser um processo complexo e como nós tínhamos que justificar todos os gastos como questão de pneus, válvulas, etc., então na hora da aplicação foi verificado por nosso controle interno que deveríamos fazer um contrato exclusivo para o convênio, e de lá para cá tivemos greve e período eleitoral, que nos atrasaram ainda mais”, afirmou.
Ainda segundo Ubaldo, a partir de meados de dezembro a documentação estará pronta e as obras serão iniciadas pelo assentamento São João, em Palmas, com 25 quilômetros, e o São João II, em Itaguatins, com 14 quilômetros. São 131 famílias nas duas comunidades que serão beneficiadas.
Quanto às demais obras necessárias para o desenvolvimento do Estado, o secretário afirmou que o Governo está em busca dos recursos necessários. “Agora mesmo o Governador Siqueira Campos vai a Londres assinar mais um contrato com instituições financeiras e o somatório de todas as viagens chega a mais de R$ 1 bilhão. Com este dinheiro muitas obras serão construídas em 2013”, enfatizou Ubaldo, acrescentado que o Tocantins tem cerca de sete mil quilômetros de estradas a serem feitas.

Números
O convênio envolve recursos de R$ 31 milhões, sendo R$ 19 milhões do Incra e R$ 12 milhões do Governo do Estado, que serão usados na recuperação de mais de quatro mil quilômetros de estradas vicinais em assentamentos, atendendo 25 mil famílias, ou seja, 13,5% da população do Estado.
Segundo o superintendente do Incra no Estado, Ruberval Silva, a parceria se deu para facilitar os planejamentos e a execução dos trabalhos. “Fica mais fácil discutir com apenas um representante que com 139 e por isso realizamos a parceria e tenho certeza que o Governo do Estado resolverá as questões de adequações processuais o mais depressa possível, e como as chuvas ainda são tímidas, acredito que as obras possam ser iniciadas ainda este ano, beneficiando inclusive a agricultura familiar”, declarou.