(PALMAS-TO) - Com um investimento de mais de R$ 5 bilhões no Tocantins, a previsão de mais de quatro mil empregos a serem gerados e uma área de plantio de mais de 180 mil hectares, a BRAXCEL - Companhia Brasileira de Celulose recebeu das mãos do governador Siqueira Campos a licença ambiental prévia para instalação na cidade de Peixe. O empreendimento, que há um ano e meio faz plantio experimental de eucalipto naquela cidade, deve funcionar a pleno vapor em 2018.
Para o governador, a licença ambiental demonstra a confiança que o Estado tem na livre iniciativa. “Precisamos que a silvicultura desenvolva suas ações para acabarmos com o extrativismo, então vamos ter que plantar florestas e colher florestas como o mundo inteiro faz e a empresa irá além, transformando a floresta em celulose. Por isso, sem dúvida, este é o maior e melhor investimento já feito no Estado do Tocantins e é fruto de uma nova política de postura de sustentabilidade e confiança no parceiro da iniciativa privada, que fez com que as licenças ambientais prévias não sejam dificultadas. Tudo isso para que os pobres tenham emprego e renda e os adolescentes tenham oportunidade de estágios. A Braxcel já está recomendada para isso e já está fazendo isso”, afirmou.
Segundo o diretor presidente da empresa, Guilherme Sahade, uma série de fatores contribuiu para a escolha do Tocantins e da região Sul do Estado. “Escolhemos a região porque ela é muito favorecida pela logística da Ferrovia Norte-Sul, as rodovias asfaltadas têm qualidade, existe uma aptidão natural para o reflorestamento de eucalipto e principalmente porque não concorremos com terras propícias à plantação de grãos. Diante disso estamos animados e queremos perpetuar a empresa no Estado do Tocantins”, enfatizou.
O diretor executivo da Braxcel, Mauro Cerchiari, destacou que talvez este seja um dos maiores investimentos da história do Tocantins, com um valor significativo em qualquer parte do mundo. “Esta indústria requer estes investimentos para que seja competitiva, principalmente pelo que propomos, que é termos uma das maiores escalas do mundo em produção de celulose, que será de 1,5 milhão de tonelada por ano. Para isso, precisamos de planejamento, pois só o plantio de eucalipto exige sete anos e este ano estamos desenvolvendo os projetos para a construção da indústria, que começará em 2015, para em 2018 já estarmos com a fábrica em funcionamento, exportando material para todo o mundo e gerando mais de quatro mil empregos”, afirmou, acrescentando que na construção da fábrica o número de empregos poderá chegar a seis mil.
Segundo o presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Alexandre Tadeu a licença prévia não autoriza ainda a instalação do empreendimento, mas atesta sua viabilidade econômica, social e ambiental. “Esta licença foi dada a partir da entrega dos estudos ambientais e a realização de audiência pública e agora a empresa precisa requerer a licença efetiva para a industrialização e isso deve acontecer a partir da maturação de seu plantio, que tem licença para ser feito”, afirmou.
O secretário da Indústria e Comércio, Paulo Masuia, destacou o impacto que o empreendimento trará para o Estado. “É um grande ganho para o Estado pois uma empresa como esta traz poder de ganho para a população local, com empregos e boas oportunidades para micros e pequenas empresas, que são quem mais emprega no Tocantins, e ainda um grande poder de arrecadação, aliado ao crescimento tecnológico, com inovações que podem chegar aos pequenos”, destacou.