(PALMAS-TO) - Em entrevista coletiva na noite dessa quarta-feira, 8, o governador Siqueira Campos (PSDB) demonstrou preocupação com a folha de pagamento do Estado. Conforme o governador, alguns servidores estariam reclamando de “barriga cheia”. “Nós temos que escutar o servidor, e é um direito dele lutar por um aumento. Mas o Tocantins é um dos Estados que mais pagam bem”, disse.
Siqueira comentou que já fez uma recomendação aos secretários de Estado sobre a necessidade de diminuir gastos. “Não temos como empregar mais. Eu praticamente virei um gerente de folha de pessoal. Não temos capacidade quase nenhuma de investimento”, disse, mas negando que o Estado esteja em crise.
Questionado sobre os vários contratos temporários que estão sendo feitos e divulgados pelo Diário Oficial do Estado, Siqueira negou o fato e afirmou que esses contratos são para colocar pessoal em lugares vagos ou relocação e lembrou que, após a divulgação do resultado do concurso do Quadro Geral, esses contratos deveram ser, em sua maioria, extintos. “Não estamos contratando”, garantiu, dizendo que o Estado tem que investir no emprego privado. “É o emprego privado que segura o Estado. Se não cuidarmos disso agora, podemos acabar em crise como a Grécia e a Itália”, ressaltou.
O governador também reclamou das dívidas que teriam sido deixadas pelos seus antecessores, ex-governadores Marcelo Miranda (PMDB) e Carlos Henrique Gaguim (PMDB). Segundo ele, quando assumiu o governo, o governo estava em “estado de abandono” e mergulhado em dívidas. “O Tocantins passou os anos de 2006 a 2010, sem pagar o PIS-Pasep e mal repassando a verba do INSS. Nós pagamos tudo que estava atrasado”, afirmou.
Mensagens à Assembleia
Em seu gabinete no Palácio Araguaia, na presença do presidente da Assembleia Legislativa do Estado, Raimundo Moreira (PSDB), e de alguns secretário, o governador entregou ao presidente duas mensagens que deverão ser lidas na sessão desta quinta-feira, 9, ao parlamentares.
Nas mensagens, Siqueira pede ao legislativo que adie a data de deliberação sobre a elaboração e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). “Por causa dessa crise mundial, o Estado perdeu alguns repasses. Temos que aguardar para ver qual é a receita que vamos ter”, disse.
O governador propôs as datas de 15 de setembro, para LDO, e 30 de novembro, para a LOA. “Frustrações de receita restringem a projeção da receita”, declarou.
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