(PALMAS-TO) - O projeto “Proteção, Uso Público e Monitoramento do Parque Estadual do Cantão”, submetido ao edital do programa Tropical Forest Conservation Act (TFCA), foi aprovado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para receber apoio financeiro de execução. O processo seletivo ocorreu entre os meses de outubro a dezembro de 2011.
De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), fruto de uma parceria entre o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), o Instituto Araguaia e a Associação Onça D’água, o projeto “Proteção, Uso Público e Monitoramento do Parque Estadual do Cantão”, visa apoiar a implementação do Plano de Manejo do Parque Estadual do Cantão (PEC), com foco em atividades de proteção, ecoturismo e incentivos a alternativas de desenvolvimento, buscando a preservação dos seus recursos naturais e o envolvimento com a comunidade no entorno do parque. Para a execução do projeto, foi solicitado ao Funbio a quantia de R$ 327.880,00, sendo o valor total de contrapartida R$ 283.698,00.
De acordo com a Angélica Gonçalves, diretora executiva da Associação Onça D’água e responsável pelo projeto, será desenvolvido inicialmente por meio de oficinas entre as instituições parceiras para definição de normas de uso e procedimentos de monitoramento específico para cada atrativo. De acordo com a secom, no segundo momento será produzido um material explicativo e interpretativo com vídeos e painéis para o Centro de Visitantes do Parque Estadual do Cantão. Além disso, entre outras ações, serão realizadas oficinas que instruirão os membros da comunidade local a trabalharem com os visitantes.
Angélica afirma ainda que as equipes técnicas do Instituto Araguaia e da Associação Onça D’água fazem trabalhos voluntários e que o Naturatins tem a fundamental participação com apoio técnico, operacional e monitoramento da execução do projeto, que está previsto para ser realizado em 36 meses.
Conforme a diretora da Associação, a aprovação do Funbio ao projeto representa um avanço significativo na implementação do Plano de Manejo do PEC e, consequentemente, no cumprimento dos seus objetivos de proteção à biodiversidade e melhoria da qualidade de vida do entorno humano.

Outras Informações
O Instituto Araguaia mantém desde 2003 uma base de proteção e pesquisa no Furo do Cicica, onde desenvolve um trabalho de monitoramento de ariranhas e colabora com o Naturatins para o controle do acesso ao interior do PEC por esse caminho, mantendo um vigilante no local.
Segundo a Secom, a Associação Onça D’água é uma entidade sem fins lucrativos que atua com apoio à implementação de unidades de conservação no Tocantins, também desde 2003. Na região do Jalapão, foi responsável pela execução do projeto “Alternativas Econômicas Sustentáveis e Estímulo à Conservação da Biodiversidade”, no período de 2007/2008, abrangendo os municípios de Mateiros e São Félix do Tocantins, em parceria com a organização não governamental Conservação Internacional do Brasil – CI, promovendo ações de monitoramento, prevenção e combate a incêndios florestais e capacitação dos gestores municipais para implantação e aplicação do ICMS Ecológico.
O TFCA é resultado de um acordo bilateral entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos firmado em 2010 para reduzir o pagamento da dívida externa brasileira. A contrapartida brasileira é o compromisso de direcionar esses recursos para a conservação da biodiversidade dos biomas brasileiros e prover o estabelecimento do Tropical Forest Conservation Board (Comitê da conta do TFCA) para administrar a Conta TFCA.
Conforme a Secom, o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade - Funbio é uma associação civil sem fins lucrativos que trabalha para conservar a diversidade biológica do País há 15 anos. Foi criada em 1996, com uma doação de US$ 20 milhões do Fundo para o Meio Ambiente Mundial (em inglês Global Environment Facility - GEF) para complementar as ações governamentais, em consonância com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), de âmbito mundial, e o Programa Nacional da Diversidade Biológica (Pronabio).