(PALMAS-TO) - O governo assinou nesta quarta-feira, 18, na Prefeitura de Paraíso, protocolo de intenções dando início ao Consórcio Intermunicipal em Saúde (CIS), que atenderá no primeiro momento 115.679 habitantes. Na primeira etapa estão 16 municípios: Araguacema, Abreulândia, Barrolândia, Caseara, Chapada de Areia, Cristalândia, Divinópolis, Dois Irmãos, Lagoa da Confusão, Marianópolis, Monte Santo, Nova Rosalândia, Oliveira de Fátima, Pium, Pugmil e Paraíso.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde (Sesau), o objetivo dos consórcios é potencializar a atenção à saúde das populações de todos os municípios participantes.
Ainda conforme a Sesau, a necessidade de melhoria na infraestrutura, a contratação de recursos humanos especializados e a aquisição de equipamentos para oferecer serviços de saúde em todos os níveis de atenção, implicam montante significativo de recursos que, quase sempre, não chegam a ser plenamente utilizados por apenas um município, gerando aumento de custos operacionais e impossibilitando, por outro lado, o investimento em ações básicas de promoção e proteção.
No entanto, a ação é criticada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde no Tocantins (Sintras), Manoel Miranda. Para ele, o modelo está errado. “Não adianta fazer consórcio onde a gestão é toda feita pelo Estado. A prática do Estado não é passar dinheiro para os municípios, ou seja, ele assume a saúde curativa e os municípios a preventiva”, enfatizou o presidente, acrescentando que “não viu a união entre as partes. Este modelo já existe, tem deficiência e tem grande chance continuar certo”.
O consórcio, segundo ele, precisa ter união entre a saúde curativa com a preventiva. “Fazer consórcio só para atendimento do povo, ou seja, somente para a necessidade básica, onde não há equipamentos e médicos suficientes, e sem que o Estado e municípios disponibilizem recursos, eu entendo que não terá sucesso”, criticou Miranda.
No entanto, ele afirmou que a “ideia é boa, mas que não funciona quando é denvolvida individualmente”. “O consórcio diminui distância, tem condição de melhorar a saúde, mas Estado e municípios precisam trabalhar com um único foco. Estou torcendo para que dê certo”, contou.
Fórum
Secretários de Estado, representantes de sindicatos e entidades ligadas ao setor da saúde do Tocantins definiram nessa terça-feira, 17, a criação de um fórum permanente de discussões do setor. Conforme a Secretaria Estadual de Comunicação (Secom), na prática, o grupo se compromete estar unido em torno da discussão dos problemas e iniciativas para buscar a melhoria do setor da saúde tocantinense.
“É uma mesa de negociação que estará permanente aberta, sem prejuízo algum aos sindicatos e entidades representantes das categorias. Pelo contrário, a partir do diálogo, ações e iniciativas feitas com base na união e objetivo principal, que é uma saúde melhor”, disse o secretário de Relações Institucionais, Eduardo Siqueira Campos, que recebeu os representantes da categoria para a reunião em seu gabinete no Palácio Araguaia.
Representando o governo, a reunião contou com a participação ainda do secretário de Saúde, Nicolau Esteves, o executivo da pasta, Luiz Fernando Freesz, e do secretário de Administração, Lúcio Mascarenhas.
Já os servidores da saúde foram representados por membros da diretoria do Simed, o tesoureiro do Conselho Regional de Medicina, Elto Quintino, o presidente do Sindicato dos Farmacêuticos, Ismael Sabino, a presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Tocantins, Léia Ayres Cavalcante, e do diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Tocantins, Getúlio Souza Araújo.
O presidente do Sintras, Manoel Miranda, também criticou a criação de fóruns permanente da saúde. “Estes fóruns teriam que passar inicialmente pelos conselhos de saúde, tanto estadual quanto municipal, e só depois debatido entre sindicatos. O governo não precisa realizar estes eventos convidando os sindicatos, uma vez que nós somos apenas trabalhadores”, ressaltou.
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