O prefeito de Formoso do Araguaia, Wagner Coelho de Oliveira foi condenado juntamente com sua esposa Pedrina Araújo Coelho, secretária de Assistência Social, e o então secretário de Finanças, Cloves Coelho de Melo, à perda da função pública e inabilitação pelo prazo de 5 anos para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação.
O julgamento ocorreu no dia 8 de abril deste ano no Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) e os réus deveriam ser intimados pessoalmente da decisão. Com os mandados de intimação em mãos, a peregrinação do oficial começou no dia 29 de abril, às 19h15, quando ele foi até às residências dos réus, mas estavam todas fechadas.
No dia seguinte, o oficial encontrou todos os imóveis fechados novamente e se dirigiu à Secretaria de Saúde do Município, mas sem sucesso também. Nesta quinta-feira, 2 de maio, na casa do prefeito, o oficial constatou que o gestor e sua esposa estavam na residência, mas ninguém abriu o portão.
"Dessa forma, bati no portão, efetuei tentativa de contato telefônico junto à linha pessoal de Wagner, aguardei por algum tempo e nenhuma resposta ou manifestação vieram do interior da residência (fato comum, pois o mesmo é contumaz em se ocultar de atos processuais; sendo rara sua presença na sede da prefeitura", relata o oficial de Justiça no documento enviado ao TJ.
Em seguida, o oficial se dirigiu à casa do ex-secretário de Finanças, mas estava fechada novamente. Depois de passar pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, onde a esposa do ex-secretário trabalha, o oficial conseguiu encontrá-lo.
Na sequência, o oficial voltou para a casa do prefeito. "Com isso, novamente subi no meu veículo para confirmar a presença no local, oportunidade em que visualizei o prefeito no quintal da residência, falando ao telefone; sendo certo que também me viu, cumprimentou-me e adentrou na casa", relata.
Depois de vários minutos, a primeira-dama recebeu o oficial de justiça no portão. Enquanto ela assinava a intimação, o prefeito saiu enfurecido, segundo o oficial de justiça.
O servidor relata que foi acusado de invasão de privacidade, chamado de 'moleque' e empurrado por duas vezes para que saísse da residência. "Concluí a diligência sob ameaças verbais nesse contexto hostil e agressivo", finaliza o documento do oficial.
Até o fechmaneto da edição o gestor, nem sua esposa, nem o secretário foram localizados para oferecer suas versões do ocorrido.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 16372
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