O casal de empresários Cristiano Gonçalves Correa e Karline Rodrigues da Silva, o dono de uma gráfica e um fiscal do Serviço de Inspeção Municipal suspeitos de integrar um esquema de venda de queijos vencidos e outros alimentos de origem clandestina em Araguaína foram indiciados por cinco crimes.
Os delitos são: falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios, crime contra as relações de consumo e organização criminosa.
Os empresários e o fiscal, identificado como Cláudio Adriano Rodrigues Mendonça, chegaram a ser presos em dezembro de 2018 durante a operação 'Caseus'. Dez mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na ocasião.
Durante a operação, a Polícia Civil identificou cerca de 240 quilos de alimentos diversos em condições impróprias para consumo.
O esquema
De acordo com o delegado Luís Gonzaga da Silva Neto, as investigações apontaram que grandes supermercados da cidade vendiam para Cristiano os alimentos que estavam prestes a vencer ou até já vencidos. Outra parte era oriunda do Estado do Pará.
"O correto seria o descarte, pois se tratam de alimentos impróprios para o consumo", explicou o delegado.
Após receber os alimentos, os empresários os 'esquentava' com rótulos irregulares e com data de validade adulterada e posteriormente colocavam os produtos à venda nos mesmos grandes supermercados.
Os rótulos utilizados para 'esquentar' os alimentos irregulares eram confeccionados em uma gráfica de Araguaína, sendo que o proprietário do estabelecimento está envolvido de forma direta no esquema criminoso, segundo a polícia.
"Cristiano e Karline também fornecia os referidos produtos para diversos restaurantes e lanchonetes da cidade de Araguaína, causando um imensurável prejuízo à saúde pública", ressaltou o delegado.
Ainda conforme Luís Gonzaga, os alimentos irregulares eram armazenados em depósitos clandestinos localizados no Setor Brasil, em Araguaína, fato este confirmado por várias testemunhas. O caso já foi encaminhado à Justiça.
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