PALMAS - Os servidores da Capital encheram as dependências da Câmara na manhã desta quarta-feira, 24, para protestar contra o programa da administração municipal, denominado “Carreira Justa”, que tem como objetivo corrigir distorções salariais do funcionalismo público. O Projeto de Lei tramita na Casa de Leis de Palmas. Na ocasião, oposição questionou recursos destinados para a ação.
Segundo informações da equipe de comunicação da Câmara de Palmas, os servidores presentes na sessão afirmaram que o programa “não atende as perspectivas de equiparação salarial”, isso porque algumas categorias não estão sendo contempladas. O exemplo citado foi a dos profissionais de nível superior.
Outro ponto questionado pela funcionalismo foi a suspensão do auxílio alimentação para cerca de mil servidores da Capital por conta do reajuste da data-base, o que segundo a classe, fará com que os salários ultrapassem o teto delimitador para receber o benefício.
Antes mesmo da sessão plenária da Câmara de Palmas, os vereadores se reuniram com representantes das categorias e repercutiram as críticas do funcionalismo ao programa de correção de distorções salariais da Capital, gerido pelo secretário de Planejamento, Gestão e Desenvolvimento Humano, Alan Barbiero.
Oposição
O vereador Joaquim Maia (PV) ressaltou que o projeto do Carreira Justa precisa corrigir as distorções de salários entre as categorias, citando que a prefeitura no final do ano passado fez uma “festa” para anunciar o programa aos servidores, mas no momento de colocá-lo em prática, apresenta uma proposta injusta. “O que nós temos é a indignação, é a revolta por parte dos servidores”, disse.
Colega do pevista na bancada de oposição, Júnior Geo (Pros) frisou que o município previa a princípio R$ 27 milhões para serem aplicados no programa. No entanto, conforme o vereador, o Orçamento de 2016 da Capital destina apenas R$ 6 milhões para o Carreira Justa. Segundo o parlamentar, se o projeto inicial sofreu distorções, não foi por falta de recursos, pois a gestão tem usado dinheiro público para aluguel de painéis e outras ações menos importantes. “Dinheiro existe, o bom uso do dinheiro é outra história”, frisou.
Lúcio Campelo (PR) acrescentou que nos últimos três anos a receita líquida do município obteve um acréscimo de quase R$ 400 milhões e questionou onde este volume foi aplicado, uma vez que não está beneficiando os servidores, nas escolas da rede municipal falta merenda e cidade mantém limpa apenas as avenidas principais. Por sua vez, Iratã Abreu (PSD) defendeu a ampliação do auxílio-alimentação para todo o funcionalismo salarial, independente de faixa de subsídio.
No final da manhã a sessão foi suspensa para uma nova reunião com os representantes das categorias. Desta vez, contando com a presença do secretário Alan Barbiero.
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