São Paulo (SP) - As vendas de motos já tiveram dias melhores no Brasil. Após anos em declínio, o setor registrou em 2014 quedas de 9,3% na produção, 10,2% nos emplacamentos e 16,8% nas exportações em relação a 2013, segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira de Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares).
O resultado negativo vai na contramão do atual patamar conquistado pelo País, considerado atualmente um dos quatro maiores mercados do mundo, com uma frota de 22 milhões de motocicletas.
Conhecidas por sua praticidade, baixo consumo de combustível e menor custos de compra e manutenção em relação aos carros, as motos ainda enfrentam uma série de barreiras no País.
De acordo com o consultor, advogado e jornalista André Garcia, o atual governo é um dos responsáveis pelo declínio do setor ao não criar policias públicas que incentivem o seu uso.
- O governo federal ignorou tal veículo na Política de Mobilidade Urbana, caminhando na contramão de países como França, Itália, Alemanha, que incentivam o deslocamento de motocicleta e scooter com outros modais como transporte ferroviário, oferecendo bolsões de estacionamento.
O advogado ressalta que a falta dessas medidas, aliada à falta de fiscalização e punição no trânsito, contribui para o alto índice de mortalidade no País, sendo os motoqueiros os mais prejudicados.
- Hoje o trânsito brasileiro mata mais do que qualquer outra guerra no mundo com números assustadores que ultrapassam 40 mil mortes ao ano.
Segundo as associações do setor, a expectativa de vendas de motocicleta em 2015 não é otimista, uma vez que o governo vem anunciando uma série de medidas que reforçam o panorama de que, neste ano, o consumo deve cair para o comércio em geral.
Publicado em Tocantins na Edição Nº 15228
Em baixa, mercado de motos enfrenta barreiras para evoluir no Brasil
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