Nessa segunda-feira, 21, caminhoneiros do Tocantins decidiram aderir ao protesto que ocorreu em vários Estados do País contra a alta do preço do óleo diesel. Em Paraíso do Tocantins, a categoria realizou uma carreata pelas ruas da cidade e paralisou a BR-153 (Belém - Brasília). A rodovia esteve interditada para a passagem de caminhões. Já carros de passeio, ônibus e demais veículos trafegavam normalmente pelo local.
Um grupo de caminhoneiros de Paraíso do Tocantins, liderado por Amaury Lima de Sousa, e a Associação Comercial do município são os organizadores do protesto. O Sindicato dos Caminhoneiros do Estado do Tocantins (Sindcamto) também apoia o movimento.
A reivindicação da categoria é pela redução da carga tributária sobre o diesel. Em entrevista ao CT, o presidente do Sindcamto, José Aparecido, disse que o objetivo é "sensibilizar o poder público e a sociedade, que está sendo muito prejudicada com a alta carga tributária, o aumento dos combustíveis e a corrupção".
O sindicalista lembrou que os combustíveis, sobretudo o óleo diesel, são essenciais para o desenvolvimento econômico do País. "O diesel é a ferramenta do progresso brasileiro. E não só no setor de transporte, que é o distribuidor das riquezas, mas também na zona rural, na produção de soja, formação de pastagens e na construção civil", frisou, acrescentando que com os altos preços, o combustível acabou se tornando "o vilão", já que o diesel representa 42% do custo da atividade.
Paralisação
O presidente do Sindcamto informou que a categoria não tem data para retomar as atividades. "Infelizmente, é uma atitude que vai trazer consequências, faltar alimentos, mas é que a gente não está aguentando rodar", argumentou, ressaltando que o objetivo é fazer um protesto pacífico.
A Polícia Rodoviária Federal acompanhou a manifestação para garantir a segurança. Conforme José Aparecido, há registro de paralisações em outras cidades do Tocantins, entre elas: Guaraí, Fortaleza do Tabocão e Rio dos Bois.
Movimento nacional
A manifestação dos caminhoneiros ocorreu em vários Estados do Brasil. Além do Tocantins, foram registrados atos em ao menos 16 Estados. Entre eles, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Paraná e Rio Grande do Sul.
Insatisfeitos com o preço do diesel, que subiu 1,76% nas refinarias, na semana passada, caminhoneiros queimaram pneus nos acostamentos e bloquearam rodovias. Segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que reúne 700 mil caminhoneiros autônomos, o objetivo é zerar a alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico.
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