PALMAS - Em carta aberta aos docentes e servidores técnico-administrativos grevistas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), centros acadêmicos (CA) de 11 cursos questionaram sobre os prejuízos causados pelas constantes mobilizações da categoria. Conforme o documento, em quatro anos a instituição enfrentou cerca de 300 dias de paralisação.
Os alunos dos centros acadêmicos afirmam no documento que a Universidade Federal do Tocantins já tinha de três a quatro meses de atraso no calendário acadêmico, com a greve atual o prejuízo cresceu para oito meses. O movimento paredista deste ano teve início no dia 28 de maio e já ultrapassa 110 dias de paralisação. Os CAs estimam que cerca de 12 mil universitários estejam sem aula. Apenas o campus de Gurupi manteve as atividades.
Diante dos prejuízos, os alunos questionam o movimento dos docentes e servidores. “Temos plena ciência de que os maiores responsáveis por todo o transtorno instaurado na educação pública estão na esfera governamental, mas acreditamos que dentro de todo este processo a responsabilidade precisa ser parcelada entre todos os atores envolvidos quando o consenso não é atingido após 110 dias de paralisação”, discorre a carta.
Na carta, os centros acadêmicos demonstram preocupação na reposição das aulas, com os prejuízos causados na sociedade e com a evasão de alunos. “Acreditamos fortemente que muitos de nossos colegas deixaram de estudar na UFT em decorrência do clima de instabilidade constante, que reduz as oportunidades de ocupação em vagas de emprego e estágio, e acaba com qualquer planejamento quanto às formaturas”, afirmam.
Assinaram a carta aberta representantes dos centros acadêmicos de Engenharia Civil, Rafael Amaral; de Medicina, Thais Gontijo; Engenharia Ambiental, Alef Diniz; Ciência da Computação, Nandro Maciel; Enfermagem, Gilmara Reis; Engenharia de Alimentos, Júlia Leal; Ciências Contábeis, Fernando Rodrigues; Filosofia, Thassio Paz; Administração, Marina Moreira; Pedagogia, Silvia Soares; e Ciências Econômicas.
Assembleia
Em reunião realizada na sexta-feira, 18, professores grevistas definiram que serão realizadas assembleias nos sete campi da Universidade Federal do Tocantins (UFT) - Araguaína, Tocantinópolis, Miracema, Porto Nacional, Arraias, Gurupi e Palmas – para debater a possibilidade de finalizar a greve. A contagem dos votos está prevista para uma reunião pré-agendada para sexta-feira, 25.
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