BRASÍLIA - Reportagem do site Congresso em Foco publicada nesta quinta-feira, 15, aponta que a atual ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB), teve o voto mais caro entre os eleitos ao Senado Federal no País, em 2014. A peemedebista gastou R$ 6,9 milhões e recebeu 282.052 votos, o que equivale a R$ 24,71 por voto. Apesar do custo, a vitória diante do deputado federal Eduardo Gomes (SD), segundo colocado, foi a mais apertada de todo o Brasil, com apenas 0,87 ponto percentual de frente.
Na disputa eleitoral do ano passado, os institutos Serpes e Ibope indicavam em suas pesquisas que Kátia Abreu venceria Eduardo Gomes com margem superior a 28%. Entretanto, a peemedebista obteve 41,64% dos votos, apenas 5.932 votos a mais (0,87 ponto percentual) que o deputado federal, que recebeu 276.120 votos.
Em termos de comparação, o segundo Estado com eleição mais acirrada foi o Rio Grande do Sul. Laisier Martins (PDT) foi eleito senador com vantagem de 2,11 pontos percentuais a frente do segundo colocado, Olívio Dutra (PT). A diferença no Estado equivale a 121.062 votos. O vencedor teve 2.145.479 votos (37,42 % dos válidos), contra 2.024.417 do petista (35,31%). O pedetista figura na lista dos parlamentares com o voto de menor custo: somente 40 centavos.
Atrás de Kátia Abreu no custo do voto estão: Gladson Cameli (PP) eleito senador pelo Acre gastando R$ 22,46 por voto, e Wellington Fagundes (PR), do Mato Grosso, com R$ 13,50 por voto.
Voto mais barato
Encabeça a lista de parlamentares que tiveram o voto mais barato o deputado federal eleito ao Senado pelo Rio de Janeiro, Romário Faria (PSB). O ex-jogador, que recebeu 4.683.963 votos, apenas 25 centavos cada um. Atrás do líder, aparecem José Reguffe (PDT), do Distrito Federal, com 47 centavos por voto; e Lasier Martins (PDT) do Rio Grande do Sul, com R$ 0,40.
Empresas
A reportagem do Congresso em Foco apresenta também as empresas que mais doaram para campanha dos senadores eleitos. A JBS (Friboi) foi a campeã em contribuições para os candidatos vitoriosos ao Senado Federal: doou R$ 9,3 milhões.
O Bradesco, segundo maior banco privado do país, foi o financiador que botou dinheiro no maior número de campanhas vitoriosas na Casa: 15 dos 27 eleitos receberam R$ 4,7 milhões da instituição - segundo maior volume de repasses de uma empresa. O terceiro maior doador foi a empreiteira OAS, investigada por participação no esquema de cartel e corrupção da Petrobras, que destinou R$ 2 milhões para os eleitos.
Arrecadação
Os senadores eleitos Antonio Anastasia (PSDB), de Minas Gerais; José Serra (PSDB), de São Paulo; e Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás; figuram entre os que mais arrecadaram.
O ex-governador de Minas Gerais informou ter arrecadado R$ 18,3 milhões. José Serra vem em seguida, angariando R$ 10,7 milhões para a campanha. Em terceiro, Caiado declarou ter levantado R$ 9,3 milhões para se eleger senador.
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